quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

TORRE DE MONCORVO - EFEMÉRIDES (18,19,22/12)

18 Dez. 1309 – O rei D. Dinis intervém numa disputa entre os concelhos de Mós e Torre de Moncorvo por causa dos limites dos termos. O pergaminho com a sentença régia faz parte do acervo do arquivo histórico municipal.

18 Dez. 1358 – O rei D. Pedro confirma os foros, liberdades e garantias outorgadas por seu pai ao concelho de Torre de Moncorvo. Este é mais um documento precioso do arquivo histórico.
18 Dez. 1801 – Um grupo de 7 negociantes trasmontanos promove a constituição de uma sociedade que se propõe tomar conta da Real Fábrica das Sedas de Chacim. Entre eles estava João Carlos de Oliveira Pimentel, pai do general Claudino.
18 Dez. 1966 – Inauguração da rede de energia eléctrica da freguesia de Lousa e do edifício da Escola Primária com 4 salas de aula.
19 Dez. 1895 – Nascimento de Cristiano de Morais, em Vila Flor. O baptizado foi na Cardanha, terra de sua mãe, D. Zulmira Amélia Rodrigues. Cristiano de Morais foi médico, director da Maternidade do Porto e um grande homem de letras, colaborador assíduo do jornal A Torre.
22 Dez. 1933 – Publicação do decreto 23383, atribuindo à vila de Torre de Moncorvo a classificação de “estância turística” . Numa época em que tanto se fala de turismo e de reclassificação urbana e que tantos milhões se investem em programas de reclassificação urbana e promoção turística, esta efeméride merece particular realce. E isto por dois motivos:
* Em primeiro lugar, a classificação em si, já que naquele tempo, nenhuma outra terra nordestina ostentava semelhante galardão e a nível nacional contavam-se pelos dedos de uma mão: Sintra, Buçaco…
* Em segundo lugar porque tal classificação ficou a dever-se ao trabalho desenvolvido por um movimento autónomo de cidadãos e não pelas estruturas político-administrativas – o que mostra bem a vitalidade da sociedade civil Moncorvense. Com efeito, foi uma associação intitulada de “Iniciativa e turismo” que promoveu tais diligências, bem como outras acções complementares, a mais importante das quais terá sido a construção do edifício do cine-teatro que, porventura, será ainda hoje a construção mais sólida e conseguida do ponto de vista da arquitectura novecentista da vila. Desta geração de Moncorvenses não poderão esquecer-se os nomes do engº António Eugénio Carvalho e Sá, dr. Balbino Rego e José Miguel Peixoto. Se aqueles trabalharam nos corredores do poder para conseguir o financiamento da obra, este último foi o grande impulsionador da comissão de Iniciativa e Turismo e de todo um conjunto de iniciativas de natureza cultural e recreativa que no segundo quartel do século XIX tornavam famosa a “Sintra Trasmontana” plantada na base do Reboredo. Aliás, datam desses tempos os primeiros cartazes de promoção turística e o lançamento de excursões de comboio a partir do Porto com milhares de turista na época das amendoeiras em flor.

António Júlio Andrade

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