sábado, 13 de fevereiro de 2016

Fernando Assis Pacheco


O jovem Fernando Santiago Mendes de Assis Pacheco, avesso a tudo quanto cheirasse a cânones,  normas ou regras, não quis poesias de ninguém na folha do Livro de Curso que lhe era destinada. ( E tinha razão o poeta Fernando Assis : essas espécies de poesia, que faziam as nossas delícias, eram chochas de todo ). O Fernando era um dos espíritos mais livres que conheci. Aceitou uma caricatura de traços tão simples, que o amigo Lopes acaba por declarar : ”Certifico para os devidos efeitos que este é o Assis Pacheco”.  


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O belíssimo poema com que abriu a “plaquette” (pouco mais do que um folheto) do nosso carro na Queima de 1959,  é do Assis,  já então um poeta maior.  Após muito instado, escreveu as duas estrofes presentes que, nem por nada, quis assinar. Ainda me comovo quando hoje as leio .  Deve ter sido um dos seus primeiros, senão o primeiro poema do Fernando que saiu numa
pequena publicação da Tip. Progresso de Coimbra, em 15-5-1959 - 3.000 exs.   Guardo dois, juntamente com as fotografias e a memória desse dia de júbilo e
glória . 
Júlia Barros
                                                                                

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6 comentários:

  1. O Assis Pacheco morreu novo, não foi?
    Deve ter sido um HOMEM com todas as letras grandes.

    João da Torre

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  2. São sempre os melhores que vão primeiro.
    A Julinha e o Dr. Rogério falam tão bem deste senhor que eu penso que devia ser muito boa pessoa.

    Maria Augusta do Prado

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  3. Escritor ,poeta,jornalista, foi também o homem da CORNÉLIA.Amigo de Moncorvo,colega do Rogério e do Afonso Praça. Com Leonel Brito, como guia e fotógrafo, escreceu em 1974, para o jornal República, a reportagem ,MONCORVO,ZONA QUENTE EM TERRA FRIA.
    TM

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  4. O poema de juventude do Assis Pacheco sobre os Jovens é admiravel !

    Mario Silva Dias

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  5. Assis Pacheco morreu, ao sair de uma livraria, bem disposto, depois de ter comprado vários livros.
    Foi um dos concorrentes do famoso programa de TV "A visita da Cornélia" apresentado pelo grande humorista Raul Solnado e enchia o ecrã de imaginação, humor e ternura, num tempo em que um programa de Tv era campeão de audiências, tinha qualidade, nível cultural e divertia.
    AC

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  6. Uma descoberta maravilhosa a que eu fiz aqui! maravilhoso.

    FAP foi e é simplesmente um grande poeta da segunda metade do seculo XX português. Para mim, dos maiores!!!

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