sábado, 16 de junho de 2012

TORRE DE MONCORVO - Reinava então D. João III.


Braamcamp Freire, o grave investigador, publicou no Archivo histórico português, no ano de 1909, volume VII, a pág. 255 e seguintes, preciosos dados sobre a povoação de Trás-os-Montes. Reinava então D. João III.Por necessidades de defesa militar e da expansão ultramarina, pois começara além do mais,a colonização sistemática do Brasil, impunha-se que se procedesse ao arrolamento demográfico de Trás-os-Montes.
Chamavam-se as operações estatísticas «numeramento» sendo um recenseamento cuidadoso de moradores. Não deveria abranger menores, ao que julgo.A vila é aí descrita, confrontada e sujeita a análise. Pertencia a El-Rei. Mas tinha Fernão Vaz de Sampayo como alcaide-mor. Era acastelada mas a cerca que a cingia com muralhas encontrava-se, então, abatida. A sua população distribuía-se assim: Dita vila, 245 moradores; Larynho, 44 moradores; Felgar, 116 moradores; Souto, 34 moradores;Felgeyras, 38 moradores; Maçores, 25 moradores; Hurros, 86 moradores; Açoreyra, 34 moradores;Cabeça Boa, 31 moradores; Cabeça de Mouro, 42 moradores; A Orta, 45 moradores; Estebays, 10 moradores. Além destas povoações havia alguns moradores nas quintas e nos casais. Ao todo 756 dos quais, 13 clérigos, 151 viúvas e 35 solteiras.
O termo alargava-se por 5 léguas de comprido e 5 de largo.A vila de Moz pertencia ao mesmo Sampayo, tinha também a sua cerca desmantelada e contava com 54 moradores.
No seu termo Carvyçais figurava com 43.O domínio, a propriedade senhorial, as terras reguengas usurpadas viram-se primitivamente na mão dos delegados reais e agentes fiscais e na do Mosteiro do Bouro, Ordem do Hospital e na Ordem de Santo António.
O Abade de Baçal atribui aos frades a plantação da mata de Vilarelhos.Quando se chega a D. João III, a partilha mudou bastante — agora são além do património régio e do que resta das ordens são os Sampaios de Vila Flor, os Távoras que dominam Mogadouro e Mirandela, a própria Igreja de Moncorvo, o Marquês de Vila Real que distribuem entre si grande parte dos bens agricultados da Vilariça e Moncorvo.

 DOUTOR AGUEDO DE OLIVEIRA
MENSAGEIRO DE BRAGANÇA
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5 comentários:

  1. Sou da Lousa e lamento não dizerem nada.A minha terra foi durante muito tempo a maior aldeia do concelho.

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    1. Filipe. de Lousa, bairro do Embaré , Santos17 de junho de 2012 às 23:20

      Lousa pertencia ao conselho de Vilarinho da castanheira.

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  2. Felgar era a maior aldeia e ainda é hoje.Gosto do nome Estebays que tinha apenas 10 moradores.Os habitantes das aldeias cabiam, hoje, nos prédios do bairro do Santo Cristo e ainda sobravam andares.A Foz ,Rêgo da Barca,Lousa,Peredo, não existiam?
    Leitor

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    1. O Larinho e hoje a maior aldeia do concelho de Moncorvo por causa da zona industrial e bairro de Santa Luzia

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  3. O Larinho é ,provavelmente, o maior bairro de Moncorvo.Em dia de aulas é a Corredoura.O que fica entre a zona industrial e o campo de futebol pode ser considerado zona verde ou pulmão, como dizem os ecologistas.

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