quinta-feira, 10 de abril de 2014

TORRE DE MONCORVO - DOMINGO DE RAMOS (Video)

5 comentários:

  1. obrigado por este lindo dia dos ramos e bonito ver isto longe do nosso pais

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  2. Bela publicação, a fazer-me recuar aos meus tempos da juventude.
    Também ia à benção do ramo para levar à madrinha e ver se caíam uns cobres!!!!!!!.

    Ótimo que estas tradições se mantenham, são a memória viva de um povo.

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  3. Jose Luis Simão Coelhoescreveu:

    Olá meu irmão, tudo bem?.

    Quero lhe dar os parabens pela procissão de Domingo de Ramos,gostei muito. especialmente da entrevista, o cemitério não.

    Gostei também das noticias que vi no seu blog.Sou de Muxagata e gostaria de ver noticias de lá, será possivel? Estou fora da aldeia há mais de 40 anos.Na medida do possivel vou acompanhar vc.

    UM abraço.

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  4. Olá, caríssima Júlia Trovões, digna neta da grande Maria Trovões:

    Era assim mesmo como a Júlia Trovões contou. Só vou dar uma pequena achega: quando eu era pequenita, a procissão saía pela porta principal da Igreja, dava a volta ao adro (os portões de ferro da Srª do Coberto estavam abertos), e o padre e as pessoas, com os ramos de oliveira bentos, seguiam novamente para a porta principal, mas encontravam-na trancada. Tinham sido os "Anjos Caídos", com Lucifer a comandá-los, que desafiavam o poder de Deus. Havia então umas cantilenas em Latim, em que o padre, em nome de Jesus Cristo, exigia a abertura da porta, a qual simbolizava a porta do céu, mas Lucifer e os "Anjos Revoltosos" respondiam lá de dentro que não a abriam. Enquanto o padre cá fora ia botando o seu latinório, os "Anjos Maus" continuavam do lado de dentro a responder também em Latim, que não a abriam. Nesse interim as pessoas iam lançando as folhas de oliveira - que representavam os "Credos" que haviam rezado - contra a porta fechada e eu conseguia entender algo que o padre cantava parecido com "ad portam infer..." (eu deduzia que era a mandar os "Anjos Caídos" para o inferno). Mas eles continuavam a responder desafiando o poder de Deus. Então, já zangado, o padre batia com a cruz 3 vezes na porta da Igreja que, à 3ª pancada, se abria de par em par.
    Quem estava mesmo ao pé do padre, que era o caso dos raparigos, ainda via "Lúcifer e os Anjos Maus" a fugirem para se esconderem...

    Isto seria um resto dos Autos Medievais, que em Inglaterra e na Alemanha ( possivelmente em outros lugares da Europa) se chamavam os "Miracle Plays" e eram representados ao longo de toda a Semana Santa). Entre nós devem ter-se representado de Norte a Sul, pois nos Arquivo Episcopal do Porto há PROIBIÇÕES da representação de tais autos. A proibição não deve ter chegado a várias aldeias de Miranda do Douro, onde continuaram a ser representados "Autos da Vida e Paixão de Cristo", também chamados, "Actos", "Colóquios", "Esterlóquios"... E a tradição, felizmente, ainda se mantém.

    Beijinhos e um grande abraço para a Júlia Trovões.

    Júlia Barros Ribeiro (Biló)

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  5. Chiuu...(só entre nós) o Sr. Padre Sobrinho foi quem me casou...Era pároco na nossa freguesia e mais tarde batizou o meu filho.Muito obrigada pelo ramo de oliveira ,que vou guardar na gaveta da minha cómoda ,para me proteger das trovoadas que, eventualmente ,possam surgir no Verão...Vou retirar-lhe umas folhinhas para oferecer ao meu Padrinho O Divino Senhor dos Passos que me tem sempre acompanhado ao longo da vida.
    Obrigada à D. Júlia e à querida Julinha pelos esclarecimentos aqui postados.
    Com um beijinho
    Irene

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