segunda-feira, 15 de abril de 2013

Destino, por Armando Sena

Não sei se caminho em parte incerta
Se o tempo é este em que vegeto
Se o que vivo é agora ou longe ausente
Se sim, se não, se dor somente

Aquela porta que no fim já foi aberta
É agora sinónimo de ti presente

Longe vai o tempo e a lembrança
Perto da presença que te invoca
A lua que é a mesma e me provoca
Esguia escorre em demasia
Desfalece, agoniza e ressuscita

Assim se completa a aliança
Do tremor da noite se faz dia

Excerto de Colheita de Incertezas

1 comentário:

  1. Gostei do ritmo e da cadência.
    O tom é sombrio, mas o último verso cobre todos os outros de luz.
    Belo poema .

    Abraço
    Júlia

    ResponderEliminar

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.