quinta-feira, 11 de abril de 2013

Trás-os-Montes não é divisível,por Armando Sena


Por uma série de felizes coincidências, tornei-me frequentador este blogue. Depois de conhecer o autor, num feliz evento cultural, foi ainda mais habitual a minha visita a este espaço e de frequentador assíduo, passei a participante.
Foi sendo tanta a proximidade que, Moncorvo, sendo apenas para mim uma referência geográfica e um local de passagem, pelo vale da Vilariça, passou a ser um ponto de atração. E, foi assim, que investi três dias das minhas férias para melhor conhecer o concelho e a região. Em boa altura o fiz. Comecei por subir a ladeira mais íngreme de que tenho memória de ter subido de carro, mas valeu a pena, esperavam-me paisagens deslumbrantes, usos, costumes e iguarias que marcam.
Um dia talvez volte a este tema, mais em detalhe, para já fica-me a recordação de um lugar único num dos cantos deste imenso Trás-os-Montes e a recordação de um concelho de variadíssimas riquezas, a começar pela paisagem.
E mais uma vez confirmei a minha teoria de que Trás-os-Montes não é divisível, pois ser transmontano é um estado de alma, algo que está entranhado, que nasceu connosco e, como bem sabemos, o que o berço dá, só a tumba o tira.

Armando Sena

9 comentários:

  1. Uma série de felizes coincidências têm proporcionado encontros igualmente felizes. Que bom . Abraço daqui, da Poética

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  2. Agradecido por dizer o que sente sobre a nossa terra.Leio os seus textos que aqui se publicam e como escreve tão bem e viveu 3 dias no concelho escreva mais...o que viu ,o que comeu ,o que gostou,assim como um guia de viajem. Gostei muito da fotografia,esse miradouro fica na memória para sempre.Foi ao miradouro de S. Gregório na estrada para a Cardanha?
    Como o senhor:um Transmontano

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  3. Manuel Santos escreveu:Subscrevo inteiramente o comentário de Armando Sena...não sou Natural de Moncorvo..mas gosto imenso de Trás-os-Montes, e de Moncorvo especialmente, porque a ela , Vila de Moncorvo, prendem-me laços familiares muito chegados!!! E também pela sua beleza...pela pureza das suas gentes...pelo ar que se respira....etc...etc.

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  4. Maria Helena Quartas Esteves escreveu: Que linda bandeja colorida...

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  5. Laura Araújo escreveu: eu não sou natural de lá mas meu pai sim , não consigo explicar mas quando lá vou o meu coração fica lá não há explicação para o que cinto, também tenho muita família lá e vou muitas vezes lá ,é um lugar encantador.

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  6. Sou de Moncorvo, nada e criada. Por razões que não interessa discutir aqui , estive afastada da vila cerca de 20 anos. Quando aí voltei, foi como renascer. E quanto mais os anos correm, mais se fortalecem as raízes.
    Talvez, por isso, compreenda tão bem o sentimento do amigo Armando Sena que, não sendo de Moncorvo, também se sente preso pelo "encantamento" dessa pequena vila, aconchegada em torno da Igreja.
    E não é só "a bandeja colorida" que nos atrai. ( Ver a fotografia e o comentário de Mª Helena Quartas Esteves ), mas também lugares e recantos muito específicos: a Corredoura, as Aveleiras, a Fonte Carvalho, a Sra. da Teixeira, a Santa Teresa e , de modo muito especial, "Os Cedros" ... Ah, como o seu cheiro impregnou o meu cérebro, ou deverei dizer, o meu coração?
    Bom, vou parar por aqui, pois já estou a ficar "lamechas".
    Amigo Armando, faça o favor de escrever um pouco mais, porque o seu texto soube a pouco.

    Abraço
    Júlia Ribeiro

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  7. Isto é Moncorvo ou o Paraíso?

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  8. Grato pelos vossos comentários.
    A foto foi tirada da Quinta das Aveleiras, um local fabuloso.
    Um grande abraço.

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  9. Por vezes até me parece que há algum masoquismo em querer ir, voltar e tornar àquelas bandas que no meu caso são no concelho de Moncorvo e noutro ao lado, adoptado, Alfândega da Fé. Refiro isto porquanto muito da nossa vida de migrantes internos não foi feito lá e não temos nenhuma convicção acerca do comportamento das nossas duas próximas gerações, se virão a sentir o que sentimos, uma vez que já não nascem ou crescem por lá.

    Faz pena a desertificação que por vezes se traduz em tudo demasiado no lugar como dá a entender aquela fotografia da praça abaixo inserida neste espaço janela para o mundo. Ou até esta outra mais recente, de Armando Sena, a que uma leitora associa e muito bem a palavra bandeja.

    Pode ser que tudo seja belo, posto para os olhos e na primavera aos ouvidos se associando mas falta uma dinâmica que o futebol, campanhas políticas cíclicas, as bandas e outros agrupamentos não preenchem essencial e totalmente.

    Basta ir até Lisboa e de um modo geral ao litoral para se aquilatar das enormes assimetrias não já no plano físico mas com eco em pontos de referência que fabricam a consolidação e movimento das pessoas e das coisas no geral.

    De modo que somos transmontanos e não somos. Talvez até este não ser nos faça perseguir melhor os vínculos do querer ainda e sempre sê-lo.

    Carlos Sambade

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