quinta-feira, 30 de outubro de 2014

IGREJA MATRIZ DE MONCORVO, por Rentes de Carvalho

Boas-vindas lhe damos por ter vindo visitar a Igreja de Nossa Senhora da Assunção, a Matriz de Moncorvo. Fundada provavelmente sobre o patrocínio de um cavaleiro chamado Mem Corvo, a vila de Moncorvo data dos finais do século XIII, e o seu castelo situava-se junto da praça, na elevação onde actualmente se acham os edifícios da Câmara e dos Correios. 
Foi, desde a sua fundação, localidade de interesse estratégico, e ponto de passagem para os mercadores que das Beiras se dirigiam às terras de Bragança e Leão. 
Moncorvo foi prosperando no decorrer dos séculos, sendo importantes a extracção do ferro, a indústria da seda e o fabrico de cordas. Essas actividades contribuiram para que no século XVIII atingisse o seu período áureo, como testemunham os vários solares que nessa época foram construídos nela. 
Hoje é terra de boa produção de vinho, azeite e amêndoa. Distingue-se, curiosamente, do ponto de vista meteorológico, por se verificar nela a máxima amplitude de diferenças térmicas constatadas em Portugal. Outro detalhe interessante é, no século XIX, ter sido fundado em Moncorvo um dos primeiros periódicos  socialistas do país.
RENTES DE CARVALHO

Fonte: "ONDE NADA SE REPETE" - crónicas à volta do património. (excerto)

Torre de Moncorvo - Turismo tradicional de qualidade

Foto tirada no restaurante Primavera
em Cabanas de Baixo - Torre de Moncorvo

Retalhos da História de Vila Flor III


AS FAMÍLIAS HENRIQUES JULIÃO E LOPO MACHADO NA INQUISIÇÃO DE COIMBRA.
QUESTÃO RELIGIOSA OU LUTA POLÍTICA?
LOPO MACHADO - FAMILIAR DA INQUISIÇÃO
Lopo Machado era homem nobre de Vila Flor, juiz dos órfãos e familiar da Inquisição. Nesta última qualidade, ele era chamado a participar nas prisões que se efectuavam na terra em nome do Santo Ofício e esperava-se que mantivesse apertada vigilância sobre o procedimento dos cristãos-novos. E não desmerecia ele nesse papel de espião e informador, como se depreende da leitura de alguns processos, nomeadamente o de Julião Henriques, neto do físico / médico do mesmo nome de que atrás se falou. (1)
Neste processo se apresenta uma longa exposição por ele enviada para Coimbra e que serviu de fundamento à ordem de prisão do citado Julião Henriques. (2)
Começa o informador por contar que em Junho de 1638, foram presas em Vila Flor uma cunhada (Isabel Pereira) e uma sobrinha (Genebra Henriques) de Julião (mãe e filha) e que quem dirigiu tais prisões foi o corregedor da comarca, dr. António Cardoso de Sousa. Este, depois de efectuadas as prisões e “indo pousar a casa de um clérigo por nome Pêro Esteves, do lugar de Samões, meia légua da vila e dando-lhe o dito clérigo um copo de vinho com o qual morreu logo apressadamente, sem confissão e desde esse tempo até hoje a gente da nação, principalmente Julião Henriques, cabeça deles, corre com o dito clérigo e seus irmãos com muita amizade, o que deu muita suspeita a sua morte” (3)
Em Agosto seguinte, foi presa uma outra filha de Isabel, chamada Eva Pereira e outras prisões se seguiram em nome da Inquisição, sendo corregedor da comarca o dr. Jerónimo de Medeiros Correia. E, contava Lopo Machado, que Julião Henriques (“cabeça desta gente”) e seus filhos andaram “perturbando grandemente” as diligências do Santo Ofício “só a fim de intimidarem” o novo corregedor. (4)

TORREDE MONCORVO - SANTA CRUZ DA VILARIÇA- A VILA VELHA


Continuando as nossas viagens através do património histórico-arqueológico do Concelho de Torre de Moncorvo, mais uma vez encontramos no baú do Dr. Joaquim Santos Júnior mais uma foto que nos conta uma história. Esta imagem pertence a Santa Cruz da Vilariça, mais conhecida como “Vila Velha”,ou “Derruída”
 Com localização privilegiada sobre o vale da Vilariça (lado Oeste), Penedo da Cardanha (lado Norte), vista para a vila de Torre de Moncorvo (lado este) a Vila Velha situa-se estrategicamente numa elevação que termina em esporão, a norte, da margem direita do Rio Sabor.
A vila de Santa Cruz da Vilariça recebeu carta de foral a 8 de Junho de 1225, concedida pelo rei D. Sancho II, concedendo-lhe importantes regalias fiscais e penais. Cito algumas a título de exemplo: a isenção das obrigações de fossado, a atribuição da liberdade aos mouros e servos, a autonomia de jurisdição do concelho, a igualdade entre o cavaleiro-vilão de Santa Cruz ao infanção de outros lugares e do peão a cavaleiro-vilão.
               O abandono desta vila fez com que surgissem algumas lendas visando explicar o acontecido:

TORRE DE MONCORVO - A BOLA II

 

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TORRE DE MONCORVO


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LOURENÇO MARQuES -1963





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TORRE DE MONCORVO - Anos trinta

 

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Combustível para a viagem.

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Vilar de Perdizes - Padre Fontes esconjura "males" no Halloween

O padre António Fontes, de Vilar de Perdizes, MontalegreO padre António Fontes vai esconjurar com a queimada os "males do corpo e da alma" a quem for a Vilar de Perdizes festejar a noite de `Halloween".
À luz das velas, bruxas, diabos, personagens bizarras, mortos-vivos, trasgos, duendes e mafarricos vão desfilar pelas ruas de Vilar de Perdizes, Montalegre, para pregar partidas e "sustos de morte" aos visitantes.
O ponto alto da noite de `Halloween" é a preparação da queimada, licor feito à base de aguardente, açúcar, maçã e canela, pelo padre António Fontes, conhecido por "Dom Bruxo", com efeitos alegadamente esconjurativos de todos os males deste e do outro mundo.
Antes de servir a queimada - "mistela abençoada" - o "Dom Bruxo" faz o esconjuro da bebida, recitando a ladainha "mochos, corujas, sapos e bruxas, demónios, trasgos e diabos, espíritos das enevoadas veigas", livrando-a de maus-olhados, feitiços, invejas e bruxedos.
O sacerdote católico explicou hoje à Lusa que a queimada é uma brincadeira, uma fantasia e um entretenimento, relembrando ser "anti bruxo, anti magia e anti feitiçaria".
"O objetivo desta festividade é libertar as pessoas do stresse do dia-a-dia e diverti-las", disse.

Fonte: http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4205866&utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+DN-Portugal+%28DN+-+Portugal%29

TORRE DE MONCORVO - MIGAS DE GRÃO - DE- BICO

Ingredientes: pão duro, batata, alho, grão-de-bico, azeite, sal.
(A quantidade de cada  ingrediente depende do gosto )
Corta-se  o pão em fatias para dentro de uma terrina. Coze-se  a batata, o alho e o bacalhau já demolhado. Retira-se a batata e o alho e esmagam-se com um garfo. Corta-se o bacalhau em lascas. Na água que ficou aquece-se o grão já cozido antes. Deita-se a água quente por cima do pão. Segue-se uma camada de batata e alho, depois uma camada do bacalhau em lascas e, por fim, o grão. Aquece-se azeite numa frigideira e deita-se, a ferver, por cima do grão.
Antes de se servir, mexe-se tudo bem com uma colher.
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INSIGHTS GUIDE, PORTUGAL - CARVIÇAIS

In "Insights guide PORTUGAL",editado por:Apa publications Singapure.Destribuido em:U.K.(Reino Unido) Ireland,Canada,U.S.A.
Estas imagens estão inseridas no livro e foram recolhidas em Carviçais.
Enviadas pelo meu amigo Rui Carvalho.
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Nordeste Transmontano - EFEMÉRIDES (30/10)

Quinta da Tarrincha
30.10.1458 – O rei D. Afonso V, estando em Ceuta, faz doação da Quinta da Tarrincha, no Vale da Vilariça, a Álvaro Pires Machado, o qual viria a instituir um dos mais antigos e poderosos morgadios da região.
30.10.1691 – Câmara de Moncorvo concede “licença a Manuel Dias para pôr banco de ferrador na praça desta vila, no canto do cubo do castelo, detrás do chafariz pequeno, sem prejuízo da parede do castelo, não metendo nela pau nem ferro nem outra cousa alguma, no caso que queira fazer coberto para o dito banco e sem que com essa entrada do banco possa adquirir posse alguma”.
30.10.1783 – Nascimento de José António de Miranda, um dos maiores vultos da Vintismo, que ocupou várias pastas ministeriais.
30.10.1883 – Abertura de propostas para a construção do “sobrado” da ponte da Vilariça: Francisco António Machado – 140$000; Joaquim Lúcio Marques – 110$000; Francisco António de Campos – 110$000. Arrematada a este último.
30.10.1912 – Carta do administrador de Moncorvo para o abade da igreja matriz: - De harmonia com (…) da Lei da Separação, venho lembrar a Vª Exª a conveniência que há em restringir o toque dos sinos nos dias 1 e 2 do próximo mês, a fim de evitar incómodos aos cidadãos desta vila. Sirva-se, por isso, ordenar que no dia 1 se dê apenas o sinal para a procissão e no dia 2 o sinal da primeira e última missa, não devendo qualquer desses toques ir além de 3 minutos cada um.
30.10.1921 – Notícia do Comércio do Porto referente a Bragança:
- Realizaram-se esta noite as primeiras experiências da luz eléctrica aparecendo iluminada a praça da Sé de Bragança, sendo por tal motivo grande a concorrência ali…

António Júlio Andrade

VISCONDE DE VILLA MAIOR -DOURO SUPERIOR

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Alfandega da Fé - I Trail Festa da Montanha e Km Vertical

A  Câmara Municipal de Alfândega da Fé e a Junta de Freguesia de Sambade organizam, com o apoio técnico da empresa Terras de Aventura e a colaboração da Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada, o I Trail Festa da Montanha e Km Vertical de Bornes, Alfândega da Fé, nos dias 8 e 9 de Novembro.
A contar para a Taça de Portugal a prova de Km Vertical Bornes realiza-se no dia 8 de Novembro pelas 15 horas com uma distância de 8.27 km.
No dia 9 de novembro realizam-se duas provas distintas. Às 9 horas parte um Trail com uma distância de 37.1 Km e, às 9h45, tem lugar um Mini Trail com uma distância de 18.8 Km (corrida).
Na iniciativa constam ainda duas Caminhadas (5.87 km – dia 8 pelas 14h30 e outra de 10.2 km – dia 9 pelas 9 horas).
O I Trail  da Festa da Montanha é uma actividade aberta à participação de todos, federados ou não, em representação individual ou colectiva (Escolas, Clubes, Associações Desportivas, etc) sem distinção de sexo ou nacionalidade, depois de devidamente inscritos.

Para mais informações contactar a Câmara Municipal de Alfândega da Fé ou Junta de Freguesia de Sambade.

Fonte: http://www.ionline.pt/artigos/running/i-trail-festa-da-montanha-km-vertical-alfandega-da-fe-0

TORRE DE MONCORVO - 1898

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TORRE DE MONCORVO - PENEDO DO COBRÃO (BALDOEIRO)

A fotografia acima reproduzida representando uma cobra insculpida numa rocha encontra-se no Espólio do Prof. Doutor Joaquim Santos Júnior depositado no Arquivo Histórico da Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo.
Esta cobra que mede 1m85  faz parte de um conjunto de seis, das quais, a maior mede três metros. Podem ser observadas no dorso da enorme rocha granítica conhecida localmente por Fraga do Corvo e, também, por Fraga ou Penedo do Cobrão.
Santos Júnior adianta que poderá tratar-se de um vestígio reminiscente de algum  culto ofiolátrico, mas, até ao momento, não se encontrou documentação que comprove a existência de tal culto nesta região.
O que se pode afirmar é que se trata de uma zona riquíssima em vestígios arqueológicos que demonstram ter havido uma continuidade de ocupação do local, desde a Pré-História até à actualidade. Esses vestígios são ainda visíveis apesar do denso matagal existente em algumas partes do percurso que, aconselho, deve ser feito a pé.
São muitas as histórias contadas sobre este local, desde as habituais mouras encantadas até a serpentes que falam. Transcrevo uma, também ela, existente nos apontamentos de Santos Júnior.
                        Lendas sobre este local:

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Torre de Moncorvo: "As Memórias do Visconde de Vila Maior" na Biblioteca

A Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo recebeu no dia 25 de Outubro a apresentação do livro “Memórias do Visconde de Vila Maior - Júlio Máximo de Oliveira Pimentel”.
O Presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, Nuno Gonçalves, deu início à cerimónia referindo que “ talvez este seja um dos livros mais marcantes que aqui apresentamos.” Salientou ainda que “é uma honra para o Município de Torre de Moncorvo acolher um livro daquele que foi uma das figuras mais distintas do nosso concelho.”
Seguiu-se a intervenção de Jorge Fragoso, da Palimage editora, e a apresentação da obra por parte do Professor Adriano Vasco Rodrigues, começando a sua intervenção por dizer que “ é como muita satisfação e orgulho intelectual que apresento este meritório e laborioso trabalho da Dra. Adília
Fernandes”. Destacou ainda o interesse deste livro, “não só pelas ocorrências em Portugal mas também no estrangeiro, onde o autor viveu e conviveu.”
Falou também ao público presente Adília Fernandes, que efetuou as transcrições do diário, explicando que contém a vida do Visconde na primeira pessoa. Salientou que Moncorvo está muito presente nestas memórias e que na sua opinião “ resgatar estes diários é resgatar a memória deste ilustre moncorvense e prestar-lhe assim um valioso tributo.”
Por fim Manuel Pimentel Quartin Bastos, trineto do Visconde Vila Maior, partilhou com os presentes algumas impressões com que ficou do seu trisavô, após a leitura destas memórias.
Destaque também para a presença do 5º Visconde de Vila Maior, Don Fernando Quartin Bastos.
Em complemento está patente no átrio da Biblioteca Municipal uma pequena exposição alusiva ao 2º Visconde de Vila Maior com alguns documentos, livros e outras memórias deste ilustre moncorvense.

Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, 28 de Outubro de 2014

Luciana Raimundo

Tiago Rodrigues é o novo director do D. Maria II e Miguel Honrado preside à administração

SEC não reconduz João Mota e convida Tiago Rodrigues para o cargo. Honrado abandona empresa que gere equipamentos culturais de Lisboa.
Tiago Rodrigues só entra em  funções em  Dezembro
O encenador, dramaturgo e actor Tiago Rodrigues foi nomeado pela Secretaria de Estado da Cultura como o novo director artístico do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, substituindo assim João Mota, encenador e fundador do teatro A Comuna, à frente deste teatro desde Novembro de 2011 e cujo contrato termina no próximo mês. Tiago Rodrigues diz-se pronto “para fazer das tripas coração” e tornar o D. Maria II “no motor da criação artística”.
Em comunicado, a Secretaria de Estado da Cultura (SEC) anunciou ainda que Miguel Honrado, desde 2007 presidente da EGEAC, a empresa que gere os equipamentos culturais da Câmara de Lisboa, será o novo presidente do conselho de admnistração do mesmo teatro, substituindo assim Carlos Vargas.
Miguel Honrado, que volta ao D. Maria, onde em 1994 desenvolveu a programação internacional na área do teatro, no âmbito de Lisboa 94 – Capital Cultural da Europa, ficará em funções na empresa camarária até Janeiro, segundo Rita Castel-Branco, directora de comunicação da EGEAC. Contactado pelo PÚBLICO, Miguel Honrado não quis para já prestar declarações.
Tiago Rodrigues, nascido em 1977, é actor, dramaturgo, produtor, encenador e ainda director artístico do Mundo Perfeito, estrutura que criou em 2003 com Magda Bizarro. É com esta companhia que tem vindo a desenvolver o seu trabalho, tendo apresentado cerca de três dezenas de espectáculos.
“É uma honra muito grande suceder a João Mota, que é um artista por quem tenho uma grande admiração e amizade”, reage ao PÚBLICO Tiago Rodrigues, mostrando-se muito “entusiasmado” com o convite que recebeu com “especial carinho” por se tratar do D. Maria II. “É um teatro de missão, compreendida na lei e que é muito clara, cabe-me agora interpretar essa missão”, diz, explicando ter pela frente “muitas frentes de combate”.

PORTO, HA - LAPID.



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TORRE DE MONCORVO -1969/70

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Douro - Ermida do Salvador do Mundo

GASPAR DA PIEDADE - Padre, natural de Moncorvo. Avulta na sua vida a sua viagem aos Lugares Santos de Jerusalém, fundando, no regresso, a ermida do Salvador do Mundo, junto ao rio Douro, em S.João da Pesqueira. Aí colocou várias relíquias muito veneradas por todos, as quais trouxe das suas peregrinações, e lá morreu com fama de santidade, na gruta onde passou o resto da vida em dura penitência e prática da caridade. Morreu com noventa e cinco anos de idade em 1615.
in "Vultos Médicos Bragançanos"

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TORRE DE MONCORVO - (2009)

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TORRE DE MONCORVO-- REMÉDIO DA CARDANHA


«Designarei assim [Remédio da Cardanha], servindo-me do nome da povoação o remédio que ali se faz e de grande voga naqueles sítios contra as mordeduras de cães damnados. Pertence a Cardanha, pequena aldeia transmontana, ao concelho da Villa de Moncorvo da qual dista 2 léguas, e ao distrito de Bragança. Tentando investigar a origem do remédio, pude saber que ha uns 150 annos o possuía o Padre- Canellas, Reitor da Adeganha povoação a meia légua da Cardanha, e que lhe fôra dado por um frade. Este Reitor ensinou-o depois ao Padre José Rodrigues, vigário da Cardanha e a uma tal Anna Claudina que o foram divulgando e passando a differentes indivíduos mais ou menos aparentados. Por esta forma foi transportado para differentes logares que hoje se orgulham do seu remédio e que pretendem a primazia. Desde muitos annos, acudiam á Cardanha mordidos de todo o norte.do paíz e principalmente de Traz-os-Montes e Beira, bem como da Galiza Em 1868,estando alli um italiano, comprador de folhelho, não teve duvidas em dar 8 libras pelo segredo que provavelmente transportou para a pátria do Dante.


•A sua formula consiste no seguinte:
Raiz de silva brava ..... Uma pollegada
Alhos . . * Uma cabeça
Salsa - . Uma mão cheia
Absintho “ “ “
Arruda. “ “
Margaça Duas mãos cheias
Esscorcioneira, Uma mão cheia
Vinho branco. .Um quarteirão
«Com todas estas substancias trituradas fazem-se 9 bolos eguaes. Lança-se cada um d'estes num quarteirão de vinho branco, para o homem, e de leite, para o cão. Filtra-se atravez d'um panno e toma-se, depois de filtrado, todos os dias esta porção. Applica-se este tratamento durante 9 dias; cada bolo para seu dia. O doente deve passear ou correr depois da ingestão do remédio e deve preservasse de comidas salgadas e de dormir com mulheres (sic)>. -
Como se vê, a fórmula é idêntica à que acima foi exposta,, nela aparecendo também o número nove (três x três), que tanto figura, como o seu submúltiplo três, nas superstições populares.

 Carlos A. Salgado de Andrade (1877/1913)In REVISTA LUSITANA 
(Medicina Popular –RAIVA)

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TORRE DE MONCORVO - 1948

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terça-feira, 28 de outubro de 2014

Academia de Letras, PROGRAMA DE OUTUBRO, na Rádio Brigantia - A. M. Pires Cabral



Pode preencher  a ficha de Inscrição da ALTM AQUI

Felgueiras



Amílcar Paulo,1956

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Sambade O CASTANHEIRO EM DEBATE


Exposição de fotografia “Douro, o homem e Deus”, por Eduardo Silva Dias

«Eduardo Silva Alves, 53 anos, engenheiro florestal, funcionário público. Criado na serra imediatamente antes do mar, em terras de Gondomar, nas serranias durienses aquiesceu a sua alma ao sagrado, e lá permaneceu desde que as conheceu.

Tomador de imagens. Premiado em alguns concursos fotográficos, sobretudo em contexto académico na década de 80. Após período prolongado de desabituação da fotografia analógica, inicia uma nova aprendizagem. Sem o som do disparo do obturador mecânico, insubstituível, a compensação da substituição do carreto de 35 mm por um smartcard.
Outro título não seria possível para esta exposição pública que não “Douro, o homem e Deus”.» [Vila Real, setembro de 2014]
 inauguração: dia 31 de Outubro de 2014 (sexta-feira), pelas 21h00
exposição: Novembro e Dezembro de 2014
na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro, em Vila Real.

TORRE DE MONCORVO - CAÇADA NO REBOREDO (anos 50)

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TORRE DE MONCORVO - teatro


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ROSTOS TRANSMONTANOS III

Foto de Paulo Patoleia
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TORRE DE MONCORVO - COLEGIADA (1845)

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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Companhia de Moncorvo leva teatro aos lugares mais recônditos

Torre de Moncorvo, 27 out (Lusa) - Os lugares mais recônditos do Interior do país, no Norte e Centro, fazem nos últimos seis anos o roteiro do teatro amador "Alma de Ferro", uma pequena companhia com sede em Torre de Moncorvo.


Fotos do arquivo do GTAF
Após duas ações de formação, a pequena companhia depressa se "emancipou" criando a partir do núcleo inicial um grupo que tanto representa peças de autor integradas no Plano Nacional de Leitura como produções próprias ou figurações em diversas iniciativas na sua região de influência.
"Estes últimos anos têm ditado muita aprendizagem, mas continuamos a frequentar todos fóruns de teatro, por norma duas vezes por ano, os que nos tem permitido abraçar projetos teatrais mais globais e complexos", explicou à agência Lusa Américo Monteiro, diretor da companhia de teatro.
Nascida num antigo celeiro, situado na antiga estação de caminho-de-ferro local, a companhia começou depois a pisar o palco do Teatro Municipal de Torre de Moncorvo, um casa com mais de meia década historia, agora recuperada pela autarquia.
"Falar Verdade a Mentir, de Almeida Garrett, ou o Morgado de Fafe Amoroso, de Camilo Castelo Branco, têm sido trabalhos levados às escolas e que nos têm permitido percorrer outros caminhos com algumas inovações, quer ao nível da encenação ou direção de atores", acrescentou Américo Monteiro.
Fotos do arquivo do GTAF
A Associação GAFT - Alma de Ferro, nasceu de uma ideia de criar uma grupo teatral dinâmico que soubesse levar a arte teatral um pouco para todo o Interior e mostra as artes cénicas a um público que está privado de produções teatrais mais elaboradas.
O nome da companhia tem a ver com hematite (oxido de ferro) que é extraída na serra do Reboredo, sobranceira à vila de Torre de Moncorvo, e que serviu de inspiração para demonstrar a vontade dos 13 elementos do grupo em fazer teatro amador. 
A companhia, dizem os seus responsáveis, "sabe bem o lugar que ocupa" numa num distrito como o de Bragança, onde os grupos de teatro não abundam, estando inscrita na Federação Portuguesa de Teatro Amador, para assim ter outra "visibilidade".
Para além da representação, os elementos da companhia têm ainda a seu cargo a criação e construção de cenários de "fio a pavio", a costura e confeção do guarda-roupa, a iluminação do palco e a sonorização, enfim, todo o trabalho das suas produções e representação, o que faz com que os membros da companhia sejam uma espécie de homens e mulheres de sete ofícios.
Do elenco do grupo fazem parte membros de diversas profissões, com idades entre os 16 e os 57 anos.
"Esta a aprendizagem e gosto pelo teatro tem vindo a evoluir ao longo dos anos, onde fui aprendendo diversas técnicas", disse Esperança Moreno, um dos elementos mais antigos do grupo.
Também a atriz Daniela Serra declarou que há uma "descoberta constante e permanente" de detalhes da arte teatral.
"A minha veia teatral já estava a latejar e explodiu desde que entrei para o grupo. Vim um pouco há descoberta e já há três anos que estou com o Alma de Ferro", acrescentou a atriz.
João Almeida, hoje com 16 anos é o elemento mais novo do grupo, afirmando que começou há cinco com figurante e, sublinha orgulhoso, hoje já integra o naipe de atores nas peças mais elaboradas.

FYP // JGJ
Lusa/fim

O pastel de castanha adoça Trancoso

Há um ano que o campeonato do pastel de nata tem um novo jogador: o pastel de nata de castanha de Trancoso nasceu há um ano e continua a dar que falar.
O ex-ministro da Economia Álvaro Santos Pereira viu nele um exemplo do que pode ser feito para internacionalizar a economia portuguesa. O pastel de nata é cobiçado e variado: já conhecemos o pastel de nata clássico, o de cereja do Fundão, o de maçã de Mangualde e no último ano nasceu o de castanha, em regiões do interior, como Trancoso (Guarda) e Vinhais (Bragança).
Trancoso é um dos maiores produtores de castanha do país. Faz parte da região dos Soutos da Lapa, com 2.745 produtores, responsáveis por 1.860 toneladas de castanha todos os anos.
Há um ano, na Feira da Castanha e Paladares de Outono, nasceu o pastel: mais escuro e de sabor forte. Coube à Pastelaria Trovador, em Trancoso, a invenção da iguaria, que estará de novo em destaque na próxima edição da feira, de 7 a 9 de Novembro.
Ana Sobral, proprietária da Trovador, quis tirar maior rendimento das castanhas. A Renascença não conseguiu encontrá-la na pastelaria (andava a… apanhar castanhas). Por trás do balcão, Olga Nascimento garante que este produto sazonal é um sucesso.
"[Os clientes] Acharam que era muito bom e teve muita saída. Houve pessoas que gostaram mais deste [do que clássico pastel de nata]."
Dos computadores para o campo
A região dos Soutos da Lapa tornou-se um território atraente para os jovens agricultores.
Alfeu Magalhães, engenheiro informático de 29 anos, é um deles: deu conta que os computadores não lhe enchiam a barriga. E decidiu pegar numa herança de família: 14 hectares.
"Vi que a engenharia informática no interior é muito complicada", confessa. "Não queria deixar as raízes do interior, por causa da paixão: eu cresci aqui, vinha aqui com os meus pais apanhar castanhas desde miúdo."

Como onde há castanheiros há cogumelos, Alfeu Magalhães aliou o útil ao agradável para fugir às quebras de produção e agora vive da agricultura. "Os cogumelos silvestres que nascem nos soitos são muito apreciados na alta cozinha."

Fonte: http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=24&did=166322

TORRE DE MONCORVO

 
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Ponte do Sabor III

Fotografia cedida pelo Camané
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GENERAL CLAUDINO E VISCONDE VILLA MAIOR (tio e sobrinho)





 Recortes do livro
MEMORIAL BIOGRAPHICO de um Militar Ilustre O GENERAL CLAUDINO PIMENTEL ,pelo Visconde de Villa Maior     
  
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Feira da castanha em Vinhais

António Monteiro na festa da castanha em Vinhais

Mirandela - Presidente da CNIS deu início a curso em Doutrina Social da Igreja

 Foi com uma aula do presidente da Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade (CNIS) que teve início, na última sexta-feira, na Unidade Pastoral de Nossa Senhora do Amparo, em Mirandela, o curso de Doutrina Social da Igreja, promovido pelo IDEP.
Este é um curso que surge em resposta ao desafio lançado pelos leigos daquela Unidade Pastoral ao bispo da diocese de Bragança-Miranda, D. José Cordeiro, que reforça, assim, a aposta na formação de agentes pastorais, sobretudo leigos. A abertura do curso contou com a presença do prelado, que deu as boas vindas aos mais de 70 alunos inscritos, e ao professor convidado, Pe. Lino Maia, da diocese do Porto, que irá ministrar o curso juntamente com o Pe. Sobrinho Alves durante um semestre. 
Por: Fátima Pimparel em: Qui, 23/10/2014 - 11:45

Fonte: http://www.mdb.pt/noticia/presidente-da-cnis-deu-inicio-curso-em-doutrina-social-da-igreja-3162

TORRE DE MONCORVO - AS ESTÁTUAS DESAPARECIDAS


A foto da é de autoria do padre Castro.(cedida pelo  professor Arnaldo Silva; faz parte do acervo do Núcleo da Fotografia do Douro Superior ,de que é proprietário).
Ampliando a fotografia, vêem-se ,ladeando o janelão central ,as duas estátuas  que já não surgem na foto a cores de 2009. Com fotografias  tentaremos saber o que se passou. Contactámos o senhor Júlio Dias (está no Lar de Idosos no Cerejal) ,que exerceu as funções de sacristão nas décadas de 40 /80 e, depois de uma descrição minuciosa da frontaria da Igreja, disse nada saber sobre essas  duas estátuas .