segunda-feira, 2 de março de 2015

Freixo de Espada à Cinta - Calçada de Alpajares com direito a centro interpretativo

Calçada de Alpajares com direito a centro interpretativo
A “Calçada de Alpajares” tem cerca de 800 metros de comprimento e pelo menos 28 curvas ou lancetes e é feita em lages de xisto e de quartzitos espetados na terra, ajustados entre si. 
Autarcas não querem "dois Douros"
A antiga escola primária de Poiares, no concelho de Freixo de Espada à Cinta, foi transformada num centro interpretativo da Calçada de Alpajares, um caminho medieval, descrito como “Belo Horrível” pelo escritor Guerra Junqueiro.
A recuperação e transformação do edifício esteve a cargo do Museu do Douro (MD) e da Câmara de Freixo de Espada à Cinta.
Para o director do Museu do Douro, Fernando Seara, o novo espaço vai ajudar a “preservar, valorizar e divulgar” um caminho exemplar que subsiste no Douro e atrair visitantes ao Douro Superior.
“Espera-se um maior aproveitamento turístico e cultural deste património, que pelo seu trajecto único, pela densidade histórica e pela carga mágica que encerra, não deixará indiferente os que vivem no território e os que o visitam”, explica o director do Museu do Douro.
“O primeiro passo é a apresentação do percurso e depois a explicação de todo o património imaterial e as lendas que lhe estão associadas”, realça Fernando Seara.
“Três Olhares sobre Alpajares” é o nome da exposição de abertura que vai mostrar a beleza do território que, “independentemente da sua localização cronológica, é um caminho completamente deslumbrante” e que será mostrado ao público pelas objectivas dos fotógrafos Egídio Santos, João Pedro Souto Mayor e Luís Ferreira Alves, explica Fernando Seara.
O novo espaço interpretativo abre portas este domingo. Está localizado na aldeia de Poiares, no concelho de Freixo de Espada à Cinta, distrito de Bragança, e pretende ser um espaço interpretativo do percurso de origem “medieval ou romana” que ligava Freixo de Espada à Cinta à Barca d'Alva.
Oitocentos metros em lages de xisto e de quartzitos
Estruturada ao longo de cerca de oitocentos metros em lages de xisto e de quartzitos, a “Calçada de Alpajares” ou "Calçada dos Mouros", como será mais conhecida localmente, integrava a via romana de carácter secundário que atravessava o rio Douro, subindo em ziguezague desde a ponte sobre a Ribeira do Mosteiro entre os penhascos que caracterizam aquela zona do Parque Natural do Douro Internacional e do Alto Douro Vinhateiro.
A “Calçada de Alpajares” está classificada como imóvel de interesse público desde 1977.

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