quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Trás - os - Montes - Pistácio pode ser oportunidade rentável na região

Características edafoclimáticas do nordeste transmontano são as mais adequadas para a produção deste fruto seco.

A produção de pistácio pode ser uma aposta rentável e uma boa oportunidade para dar dinâmica económica a regiões como a transmontana. É esse o entender dos responsáveis da Fruystach, uma empresa detida por produtores de pistácio, que está a tentar captar investidores para esta cultura no interior do país, entre Bragança e Évora.

De acordo com José Martino, presidente do conselho de administração desta empresa, a região transmontana reúne características edafoclimáticas propícias para a produção deste fruto seco, com uma amplitude térmica muito elevada.

“Pretendemos encontrar investidores para a empresa, que quer vir a ser uma organização de produtores de pistácio. A zona do distrito interessa-nos, em especial a terra quente, porque a cultura requer muito frio durante o Inverno e muito calor durante o Verão”, refere.

José Martino sublinha que esta actividade agrícola “apresenta uma margem bruta em regadio superior a 10 mil euros por hectare e em sequeiro superior a 5 mil euros por hectare”, considerando que pode ser uma “boa cultura alternativa para as culturas de Trás-os-Montes”.

Já no mês de Janeiro, estão previstas sessões de esclarecimento em diversos concelhos do distrito de Bragança, como Alfândega da Fé, Freixo de Espada À Cinta, Mirandela, Mogadouro, Torre de Moncorvo e Vila Flor, promovidas pela empresa que se pretende transformar numa organização de produtores, sendo garantido apoio para apresentar um projecto, assistência técnica e o escoamento da produção por parte da Fruystach.


José Martino garante que o escoamento da produção está assegurado para a União Europeia, onde a procura supera em muito a oferta. Na perspectiva do responsável, para suprir as necessidades dos mercados da União Europeia será necessário plantar mais 120 mil hectares, com a perspectiva de chegar em dois anos a mais de 3.000 hectares de uma cultura praticamente inexistentes em Portugal.
“A cultura tem um potencial de negócio de gerar uns largos milhões de euros nestes distritos do interior do país. O que se procura é fazer investimentos com a melhor tecnologia e que a rentabilidade possa ser maximizada”, adianta ainda José Martino.

A Fruystach, empresa detida por produtores de pistácio, vai entrar em funcionamento na próxima segunda-feira, 4 de Janeiro, com a abertura da sua sede no Fundão.


Fonte: http://www.jornalnordeste.com/noticia.asp?idEdicao=722&id=21737&idSeccao=6726&Action=noticia#.Vo0waDZhSOM

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