terça-feira, 7 de junho de 2016

Exploração mineira em Moncorvo cativa jovens para formação na área

A anunciada retoma da exploração mineira em Torre de Moncorvo é vista como a principal esperança de emprego pelos atuais 12 alunos do curso de Prospeção Mineral e Geotécnica do Instituto Politécnico de Bragança (IPB).

"Ainda temo que o projeto da prospeção mineira possa não ser viável. Mas, se o contrário acontecer, é muito bom para um território que não tem oferta de emprego", frisou Ângela Ferreira, uma das alunas daquele curso, em declarações à Lusa.

A aluna residente na aldeia do Carvalhal, precisamente o território onde se encontram as jazidas de minério, disse que já há muito que se fala no arranque da exploração, mas assinalou também a circunstância de não se apontarem datas concretas.

Teresa Fernandes, igualmente aluna do curso do Politécnico transmontano, contou que já tinha frequentado, sem o completar, um curso de geologia na Universidade de Coimbra, pelo que, conforme sublinhou, "fazia todo sentido ingressar" no curso de Prospeção Mineral e Geotécnica para entrar no mercado de trabalho se e quando a exploração mineira arrancar em Moncorvo.


"Com a perspetiva da abertura das minas torna-se um curso interessante e um ponto de partida para entrar no mercado de trabalho, já que trata de um curso único no seu género", indicou a aluna do IPB.

O curso é ministrado pelo Instituto Politécnico de Bragança (IPB), em parceria com o município de Torre de Moncorvo e tem uma duração de dois anos.

Carlos Balsa, o diretor do curso, indicou que trata do um curso superior técnico profissional e declarou-se convicto de que os alunos não terão problema em arranjar emprego.

"A ideia passa por formar técnicos de prospeção que colaboram com as empresas do setor mineiro e rochas ornamentais. Temos protocolos com todas empresas que fazem prospeção mineral no país, o que dá segurança de emprego", explicou o docente do IPB.

Com esta formação pretende-se dotar os alunos de conhecimentos técnicos para o exercício do planeamento, coordenação e execução das várias atividades envolvidas na prospeção de massas e depósitos minerais, de solos e de substratos de locais com interesse para a engenharia.

Outro dos objetivos é fixação de jovens no concelho, proporcionando-lhe a possibilidade de frequentarem um curso técnico superior que lhes permita ter um emprego após a reabertura das minas.

As minas de ferro de Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança, foram a maior empregadora da região, na década de 1950, chegando a recrutar 1.500 mineiros.


A exploração de minério foi suspensa em 1983, com a falência da Ferrominas. Já em 2008, a MTI - Ferro de Torre de Moncorvo, SA, uma empresa de capitais nacionais e estrangeiros, ganhou os direitos de prospeção e pesquisa e, em 2011, foi-lhe atribuída pelo Governo a concessão de exploração durante 60 anos, até 2070.

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com/economia/601128/exploracao-mineira-em-moncorvo-cativa-jovens-para-formacao-na-area

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