sexta-feira, 29 de julho de 2016

Miranda do Douro - Convite


TORRE DE MONCORVO - ILUSTRES (I)

Henrique Daniel Saraiva de GUERRA

Nasceu em Carviçais, concelho de Moncorvo, em 18.1.1826 e faleceu (doido), no Hospital do Conde de Ferreira, no Porto, em Fevereiro de 1883. Fez o curso Teológico em Braga. Foi Pároco de Maçores e, mais tarde, de Poiares, concelho de Freixo de Espada à Cinta. Distinguiu-se pela assistência que dava aos atacados pela cólera nessa povoação, no ano de 1865. Foi, por esse facto, agraciado com o grau de Cavaleiro da Ordem de Nossa Senhora de Vila Viçosa e com a medalha de prata, concedida por el-rei D. Pedro V. Mais tarde seria prior da Alfama (Lisboa) e Benavente.
Escreveu: Oração Fúnebre (1863); Sermão da Comunhão dos meninos (1863).

In i volume do Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses,

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Oh Maria já foste ao palheiro escolher o melhor colmo para fazer os vincelhos?

Adeganha 2012.Recriação do ciclo do cereal.
Foto: arquivo do blogue

Não te preocupes que já está de molho ali naquele pocinho do ribeiro onde habitualmente adoçámos os tremoços para a garotada pela festa.
Nas vésperas da segada do centeio e do trigo ,mais tardego ,por ter sido semeado em terra mais forte (em linguagem prosaica e rural " de renovo") era ver a azáfama de minha mãe e de algumas vizinhas- pois a torna de igual serviço não demoraria muito a ser compensado, de forma altruista e sem contar horas ou centavos dos pouco que havia -, a retirar do molho as partes mais resistentes do centeio .
Este era guardado religiosamente no "sotão" do palheiro que também servia de abrigo aos animais nos invernos rigorosos. E , a azáfama continuava em ripar os caules e fazer-lhes uma laçada cuja resistência era posta à prova com duplo esticão de punhos femininos sincronizados e fortes de mulheres valentes.
Se fossem duzentos daria para quarenta pousadas ( conjunto de quatro feixes de pão ceifados) que no Felgar eram de cinco. Também ouvia dizer ao velhote que por terras de Miranda, acolhedora de " ratinhos" transmontanos em tempo de grandes canseiras e de necessidades..
Pela manhã , quando a estrela boieira se perdia no firmamento depois de ter sido desde o sol-posto a " estrela da manhã, os homens, camaradas e filhotes tudo estava preparado para iniciar a embelga.
O mais experiente abria a contenda. Lenço vermelho ao pescoço para acautelar os suores certos depois das dez da manhã. Foices afiadas em esmeril ou em lima a condizer. Se fosse ceitoura então a lâmina era denticulada. Se a folha fosse lisa era a " galega"..
Cuidado rapaz que essa é perigosa e lambe-te o dedo enquanto o diabo esfrega um olho,..
Não se preocupe já estou habituado e as dedeiras são de cabedal enfeitadas com tachas cromadas e resistentes na ponta..
Mas se não houvesse de cabedal a argúcia e a necessidade artesâ resolvia o problema com dedeira de cana esfacelada e pontíaguda.

TORRE DE MONCORVO - EFEMÉRIDES (29/07)

Urros -2011
29.07.1769 – Registo da carta de formatura do bacharel José Dinis, de Urros, pela universidade de Coimbra
29.07.1902 – Notícia de que a Escola Seixas era frequentada por 13 alunos pobres.
António Júlio Andrade

quinta-feira, 28 de julho de 2016

TORRE DE MONCORVO - EDUARDO CABRITA CONSIDERA “DECISIVA” A RETOMA DA EXPLORAÇÃO MINEIRA


A retoma da exploração mineira em Torre de Moncorvo é tida como uma actividade de “extrema importância” pelo ministro-adjunto, que defendeu esta posição na sua última passagem pelo distrito de Bragança.
À margem da convenção distrital do PS, Eduardo cabrita referiu-se à importância da futura abertura das minas de Torre de Moncorvo:  “é o mais significativo regresso de uma exploração mineira em várias décadas em Portugal”.

Embora tivesse chegado a ser apontado o mês de Junho como o mês da retoma da exploração mineira, falta ainda o aval do Estado para que a empresa MTI possa avançar com o investimento de cerca de 600 milhões de euros. “O que é fundamental é que as minas comecem a funcionar, isso é que é decisivo para Torre de Moncorvo, para a região e para o país”, frisou o representante do governo. 

Eduardo Cabrita admitiu que “há um conjunto de questões técnicas” por resolver mas acredita que “terão uma solução em breve”, já que o governo vê como “decisiva” a retoma das minas.

Jornalista:

Sara Geraldes

Fonte: http://www.jornalnordeste.com/noticia/eduardo-cabrita-considera-decisiva-retoma-da-exploracao-mineira

Capela de St.ª Cruz (Peredo dos Castelhanos)

O termo de "Piredu" vem já mencionado no foral de 1225 de Santa Cruz da Vilariça, localidade sobranceira ao local onde desagua a ribeira da Vilariça no rio Sabor e que daria origem a Torre de Moncorvo. Uma cópia do livro dos "Estatutos e Regras" da Confraria da Santa Cruz do lugar do Peredo, de 1618, apresenta o Peredo sem a designação dos Castelhanos. A capela da Santa Cruz é natural que já existisse nesse tempo e sabemos que está em estudo, pelo IPPAR, a sua classificação como Imóvel de Interesse Público, o que releva a sua importância e traz um valor acrescentado ao património da aldeia.
Peredo dos Castelhanos vem referenciado na Corografia Portugueza, e Descripçam Topografica do Famoso Reyno de Portugal publicado em Lisboa a partir de 1706 como Abbadia da Mitra Primaz, pertencente à Comarca de Torre de Moncorvo. Diz-nos que a designação de Castelhanos se explica "porque nos tempos antigos o foram seus primeiros habitadores". A origem da associação de Castelhanos ao Peredo é explicada, por seu lado, por António Veloso de Carvalho, como tendo acontecido no século XVI, aí teria surgido "um período de despovoamento deste local, sem se saber bem as causas. Aliás, cumpre dizer que isto aconteceu por mais de uma vez, fruto, por vezes, de invasões, e noutros casos, por razões desconhecidas. Assim, abandonadas as terras, pelo século XV e princípios do XVI, os responsáveis de Urros deram-nas a Gomes Borges de Castro, que as arrendou a oito famílias castelhanas, da Vila
 de Frexeneda".

LINHA DO SABOR

 – um pouco da sua história no ano em que completaria o seu centenário


“Em 15.VIII.1899 deslocou-se ao Pocinho o Ministro das Obras Públicas, decidindo por Portaria de 30.IX.1899 que fosse elaborado “com a possivel urgencia, o projecto do programma para a construcção, por concurso publico... de uma ponte sobre o rio Douro, na estrada real n.º 9, nas proximidades da estação do Pocinho”.
A decisão de se abrir concurso público perante o Conselho de Administração dos Caminhos de Ferro do Estado, “para a construção e exploração durante dez annos, de duas pontes sobre o rio Douro, no Pocinho e no Pinhão”, sendo que a do Pocinho, “alem de ligar entre si os dois troços da estrada real n.º 9, será construida de modo que possa ser aproveitada para o caminho de ferro do Pocinho a Miranda”, ocorre a 26.II.1901.” (Carlos d’Abreu e Emilio Rivas Calvo).
Sempre me intrigou o facto de a linha do Sabor ter parado em Duas Igrejas e não ter continuado até Miranda do Douro. E nunca percebi muito bem porque é que esta via que se pretendia estruturante “ignorava” os principais centros urbanos da região que servia (com excepção de Torre de Moncorvo). Repare-se no que se escrevia, a este propósito, em 1914, no jornal “Republica”: “os ultimos trabalhos de campo do snr. engenheiro Wanzeler que tem andado a fazer a rectificação do estudo do caminho de ferro do Pocinho a Miranda do Douro, empurram êste para as povoações raianas da margem do rio, deixando, a grande distancia, o centro do concelho de Mogadouro (…)”. “Para tudo isto chamamos a atenção do senhor ministro do Fomento, lembrando-lhe que fazer um caminho de ferro que a ninguém serve, deixando, a 9 quilómetros, a séde dum importantissimo concelho, é um erro absolutamente imperdoavel, para não dizermos um crime”
Contudo, olhando agora, à luz de estudos efectuados que revelam a ideia que lhe presidiu à sua construção, compreende-se melhor a benevolência da medida.
Efectivamente, esta linha cujo primeiro troço entre o Pocinho e Carviçais foi inaugurado em 17 de Setembro de 1911, foi gizada ab initio para fazer a ligação entre o porto de Leixões e Madrid, criando assim um corredor ferroviário entre a via larga do Porto/Pocinho, afunilando depois entre Pocinho e Miranda do Douro, voltando à via larga no campo espanhol.
A Câmara Municipal de Miranda do Douro peticionava ao Parlamento, em Junho de 1888 que: “em Zamora, a menos de 40 kilometros de nós, a linha férrea, que já bem há espera a linha portugueza, a que tem de se ligar…”
De permeio, estavam previstos nós de ligação às principais localidades do Nordeste. A opção por Torre de Moncorvo não seria à partida muito aceitável, dada a dificuldade de execução do troço e a elevada inclinação (a mais acentuada do país, se não estou em erro). Mas tal justificava-se pela existência do rico jazigo ferrífero.
Os restantes troços da linha foram concluídos nas seguintes datas: Carviçais - Lagoaça: 06/07/1927; Lagoaça - Mogadouro: 01/06/1930; e Mogadouro - Duas Igrejas: 22/05/1938
 A História confirma que a ligação a Espanha nunca foi concluída, condenando o projecto, como fatalmente acabou por suceder, pois as distâncias às sedes dos concelhos de Freixo de Espada à Cinta, Mogadouro e Miranda do Douro esvaziou a linha de sentido, cedendo lugar aos autocarros que, através da rodovia, serviam de forma mais eficaz as populações rurais do Nordeste.

Antero Neto

Nota:as duas primeiras fotografias são da estação de Mogadouro;a terceira ,da estação de Vilar do Rei;a última,da estação de Moncorvo.
Nota do editor: post publicado em 12/02/2011

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TORRE DE MONCORVO - EFEMÉRIDES (28/07)

Hospital do Espírito Santo
28.07.1796 – Nomeação do Dr. Manuel José Baptista Felgueiras para o lugar de juiz de fora de Moncorvo.
28.07.1808 - Carta da Junta de Salvação Pública de Moncorvo para o Provedor da comarca:
- Constando agora nesta Junta que o rendimento da Barca desta vila pertencia a Joaquim Saldanha, como donatário da Coroa, cujo direito e mercê ficou vagando para a mesma Coroa, por ter entrado voluntariamente ao serviço aleivoso da França, Vª Mercê mandará fazer sequestro da mesma Barca, pondo o seu rendimento em depósito para entrar nos cofres reais e proceder à arrematação do mesmo rendimento até ao fim deste ano, tomando contas ao actual rendeiro, do que tem vencido desde o mês de Abril em que o mesmo donatário passou para a França.- Quanto à Comenda desta vila e às mais desta comarca que se acham vagas, como o Tribunal da mesa da Consciência e Ordens não pode exercer a sua jurisdição, por existir na Capital, tomada pelo Inimigo, convém que Vª Mercê, sem perda de tempo, as ponha em Administração, sem embargo das providências que aquele Tribunal tenha dado. Deus Guarde Vossa Mercê! Tomás Inácio de Morais Sarmento, Presidente.
28.07.1865 – Publicação do decreto aprovando a fusão do hospital do Espírito Santo e da Santa Casa da Misericórdia de Moncorvo.

António Júlio Andrade

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quarta-feira, 27 de julho de 2016

NÓS TRASMONTANOS, SEFARDITAS E MARRANOS - RODRIGO LOPES (C.1534 – C.1603)

Era com certeza um dos mais endinheirados homens de Bragança, a avaliar pelos “feitores”, “servos e criados”, “moços e moças” que tinha ao seu serviço. Em sua casa havia sempre 2 mesas e panelas diferenciadas de comida. Na mesa principal comia ele, a mulher, a filha, o genro e os feitores, comida de uma panela onde não entravam coisas proibidas pela lei de Moisés. Para “dissimular com o genro”, que era cristão-velho, metiam, por vezes, na travessa carne tirada da panela onde cozinhavam para os criados. Disso nos dá conta Leonardo Ferreira, seu sobrinho e feitor. (1)

Nascido por 1534, Rodrigo era filho de Diogo Lopes, de Bragança e Florência Manuel, de Chaves. Por 1555, casou com Águeda Martins, da família Carrião, bem conhecida pelo santo ofício. Tiveram uma filha única que batizaram com o nome de Maria Lopes. Estaria esta destinada a casar com um cristão-novo mas o pai optou por casá-la com um cristão-velho, da nobre família dos Figueiredo, que moravam junto ao convento de S. Francisco. Parece que, nas suas infidelidades à mulher, Pedro Figueiredo ia dormir com a sua amante (mulher casada e cristã-nova) a uma dependência da casa paterna, junto ao alojamento dos criados.

O casamento seria por 1573 e o jovem casal ficaria vivendo em casa de Rodrigo Lopes, sita a meio da Rua Direita “comendo e bebendo todos a uma mesa”. Desejoso de lavar a nódoa do sangue judaico e guindar-se a um estatuto social da ordem da nobreza, o capitalis Rodrigo decidiu gastar uma pequena fortuna em obras pias, de encher o olho. Assim para o colégio da companhia de Jesus comprou um turíbulo de prata e na igreja do colégio mandou fazer um púlpito, metido na parede. Para a capela do Loreto, comprou paramentos novos. Ao convento de S. Francisco ofereceu o douramento do retábulo da igreja. A igreja da Misericórdia foi dotada com uma cruz de prata, substituindo a cruz de pau que levavam quando saía o Santo Sacramento. Outras mais esmolas e obras pias podiam arrolar-se. Mas vejamos apenas uma outra, a mais importante de todas, transcrevendo as palavras do processo:

- Provará que por ele réu ser como é bom cristão e zeloso das coisas da santa madre igreja de Roma e lei evangélica, ele fez uma capela na igreja de Nossa Senhora na cidade de Bragança, a qual capela é da invocação de Nossa Senhora dos Prazeres e custou a ele réu mil e quinhentos cruzados, com um pontifical muito rico de brocado, a qual tem muito ornada e aparamentada de tudo o necessário, com seu capelão e obrigação de uma missa cantada cada semana às quartas-feiras. (2)

Quis o destino que, em vez da ascensão social, viesse um solicitador da inquisição de Coimbra buscá-lo preso ao início de Fevereiro de 1591. Era o início da subida ao calvário, anos de dor e sofrimento nas húmidas e abafadas masmorras.

Politécnico espera mais 400 estudantes estrangeiros no próximo ano letivo


O presidente do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) anunciou hoje que conta com "um aumento substancial" de estudantes estrangeiros no próximo ano letivo, com mais de 400 entradas, totalizando "à volta de 1.500 alunos" de outras nacionalidades.
  
Sobrinho Teixeira adiantou à agência Lusa que estima "um aumento de 35 por cento" de alunos de outros países em relação ao ano anterior, "quer no âmbito da Lusofonia, quer, sobretudo, fora do que é o espaço da língua portuguesa".

O maior aumento do número de candidaturas tem chegado de países de fora do espaço da Lusofonia, segundo aquele responsável, que ressalvou que o número efetivo "só será conhecido lá para o início de outubro, por causa do processo de vistos".

A apreciação do presidente do Politécnico "baseia-se no pedido de candidaturas ao IPB", aos quais a instituição já garantiu vaga e que foram reencaminhados para as diversas embaixadas de Portugal nos diferentes países para a concessão de vistos.

Se o número se confirmar, os estudantes estrangeiros constituirão cerca de 20 por cento da comunidade académica do Politécnico de Bragança que, nos últimos anos, tem rondado os sete mil alunos nos diferentes cursos das escolas superiores de Bragança e Mirandela.

O presidente do Politécnico disse acreditar que esta procura resulta da aposta na internacionalização, mas também que "é determinante para este aumento dos alunos estrangeiros Portugal ser "um dos países mais seguros e a região (de Bragança) uma das regiões mais seguras".

Mogadouro espera a participação de 150 aeronaves no festival "Red Burros Fly In"


Cerca de 150 aeronaves de diversos modelos e tipos e cerca de 3.000 espetadores são esperadas, no sábado, em Mogadouro, para o festival aéreo "Red Burros Fly In", disse hoje à Lusa fonte da organização.

"Até ao momento já temos inscritas cerca de 140 aeronaves. Segundo a experiência de edições anteriores, facilmente ultrapassaremos as 150, que chegarão um pouco de todo o país e estrangeiro, para participarem no festival aéreo", disse à Lusa, o diretor do Aeródromo Municipal de Mogadouro (AMM), João Corredeira.

O lançamento de paraquedistas da equipa militar "Falcões Negros", do Exército Português, promete ser um momento alto do festival.

No campo da tecnologia, este festival aéreo de Mogadouro, no distrito de Bragança, começa a ser palco para demonstrações do que de "mais moderno" se faz na Península Ibérica em termos aeronáuticos, como será o caso da apresentação de uma aeronave "híbrida" de modelo Axter Aero Space, contou João Corredeira.

"Esta apresentação servirá para demonstrar o conceito de motor elétrico na aviação ligeira, com um projeto de origem em Espanha", especificou.

Haverá ainda tempo para batismos de voo (se as condições meteorológicas o permitirem), um desfile aéreo, exposição de aeronaves de vários tipos e modelos e passeios de burro.
A organização espera cerca de uma centena e meia de aeronaves - de Portugal, Espanha e França - e quer ainda ultrapassar a barreira dos 3.000 espetadores contabilizados em média nas últimas edições.

O presidente da câmara de Mogadouro, Francisco Guimarães, avançou, entretanto, que o modelo do festival aéreo poderá ser "exportado" para Angola.



"Contamos com uma delegação composta por elementos do Governo angolano, Força Aérea, entre outras entidades daquele país africano que visitarão o AMM para se inteirarem do festival aeronáutico do 'Red Burros'" explicou o autarca.

Fonte: http://www.dnoticias.pt/actualidade/pais/602225-mogadouro-espera-a-participacao-de-150-aeronaves-no-festival-red-burros-fly-

Itinerários das vias Romanas em Portugal - Moncorvo




Chaves (AQUAE FLAVIAE) - Torre de Moncorvo (Civitas BANIENSIS) - rio Douro (Durius)





Civitas BANIENSIS
Hipotética via romana que partindo de Aquae Flaviae seguia na direcção da civitas Baniensis que poderá corresponder ao Povoado do Baldoeiro junto à foz da ribeira da Vilariça no rio Sabor pois nesse antigo castro apareceu uma ara dedicada a Júpiter onde se lê «CIVITATI BANIENSIV» nas ruínas da Capela de S. Mamede que terá origem num Templo Romano. O percurso apresentado é meramente hipotético desviando da Via XVII entre Chaves e Astorga em Valpaços, seguindo na direcção do Vale da Vilariça. O percurso depende do ponto onde se fazia a travessia do rio Tua que ao contrário de hoje não seria em Mirandela, mas mais a sul, talvez na Ribeirinha ou mesmo em Abreiro junto do Castelo ou Poço dos Mouros. O Vale da Vilariça está coberto de vestígios romanos que se estendem até à Foz do Sabor no rio Douro. Muito deste património vai desaparecer em breve com a construção da barragem do rio Sabor e provavelmente nunca se irá perceber a total dimensão arqueológica desta região tão especial.



Chaves (AQUAE FLAVIAE) (segue a Via XVII até Valpaços)
Valpaços
Rio Torto (provável mutatio no Alto de S. Pedrinho)
Travessia do rio Torto (por Póvoa e Pai Torto)
Suçães?, Mirandela (casal em Sainça)
Marmelos

Onde seria a travessia do rio Tua?
A via deveria seguir para Vila Flor, mas o percurso está por desvendar.

Maçores 1950 (Torre de Moncorvo)

Fotografia : Professor Doutor Santos Júnior

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Distrito de Bragança - EFEMÉRIDES ( 27/07)

Carviçais (2011)
27.07.1814 – Câmara de Moncorvo pede a Sua Alteza Real que venha estacionar definitivamente nesta vila o Batalhão de Caçadores 5, conforme determina o Plano geral de Acampamentos Militares.
27.07.1867 – Os deputados António Joaquim Ferreira Pontes e e Francisco Coelho do Amaral requerem ao governo que mande executar uma linha telegráfica entre Moncorvo e Barca d´Alva, passando por Freixo de Espada á Cinta.
27.07.1889 – Vários moradores das Ruas do Poço e dos Sapateiros, apresentam à câmara um requerimento solicitando a desobstrução do Poço que há mais de 30 anos se encontra obstruído e lhe mande colocar uma bomba para extracção da água, pois o dito poço encerra uma importante nascente de águas.
27.07.1938 – Condenado a 6 anos de prisão maior celular o cidadão José Joaquim Camisa, de alcunha O Clara, de Carviçais. A pena foi cumprida na cadeia do Porto.
27.07.1945 – Inauguração da Escola do Magistério Primário de Bragança.
António Júlio Andrade

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terça-feira, 26 de julho de 2016

Freixo de Espada à Cinta - Poiares

Foto de Henri Richard.
Poiares é uma freguesia portuguesa do concelho de Freixo de Espada à Cinta, com 40,74 km² de área e 411 habitantes (2011). Densidade: 10,1 hab/km².
Distando seis quilómetros da sede do concelho, a airosa freguesia de Poiares faz frente ao escalvado cerro espanhol de Fregeneda. Junto ao rio Douro existem as ruínas de um castelo, onde segundo a tradição, se ergueu a vila de Alva, que constituiu um concelho suprimido em 1236 e agora integrada nesta freguesia.1
Poiares possui um nótavel documento pré-histórico, uma pintura rupestre de uma lontra (para alguns um gato), chapada na testa de uma fraga que se levanta na famosa Calçada de Alpajares. Esta íngreme calçada romana passava (foi levada ou destruida pela força das águas da Ribeira do Mosteiro) numa ponte de construção tão arrojada, que o povo diz ser obra do Diabo. É traçada em ziguezague e feita de duros quartzitos em elegantes lacetes.

Em Poiares respira-se grandiosidade que atinge a maior expressão no rochedo ciclópico do Penedo Durão e no fantástico espectáculo natural das escarpas silúricas da Ribeira do Mosteiro.

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Folk e blues animam aldeia histórica de Castelo Rodrigo

A Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo anunciou hoje que vai promover na sexta-feira e no sábado a segunda edição de um festival internacional de folk e blues que associa a música e a gastronomia.

O festival Marofa Folk & Blues Fest 2016, a realizar no recinto do Palácio Cristóvão de Moura, na aldeia histórica de Castelo Rodrigo, no distrito da Guarda, tem no cartaz três concertos.

Segundo o presidente da autarquia, Paulo Langrouva, que hoje apresentou o programa do evento no Jardim José de Lemos, na cidade da Guarda, o evento começa pelas 21:30 de sexta-feira, com um concerto de Country Joe, seguindo-se Minnemann Blues Band, às 23:00.

A fechar o cartaz do festival, pelas 21:30 de sábado, está agendada a atuação do grupo Nine Below Zero (Inglaterra).

A entrada no recinto do Palácio Cristóvão de Moura, onde vai decorrer o Marofa Folk & Blues Fest 2016 - 2.º Festival Internacional de Folk e Blues de Figueira de Castelo Rodrigo tem um custo de dois euros, anunciou o autarca.

Paulo Langrouva disse no encontro com os jornalistas que o evento, que a organização pretende que seja "de grande categoria e de grande envergadura", deverá atrair, como aconteceu em 2015, público da região e também de Espanha.

"Estou convicto de que este ano vamos ter uma maior afluência de público", vaticina o autarca, referindo que o festival associa "turismo, gastronomia e boa música" e em 2015 registou a afluência de cerca de 400 pessoas.

Explicou ainda que vários restaurantes do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo associaram-se ao evento e no fim de semana servem pratos do típico borrego da Marofa.

Carviçais, a aldeia do Rock!


Durante os dias 22 e 23 de Julho, decorreu mais uma edição do Festival Carviçais Rock, a 14ª, em Carviçais - Torre de Moncorvo, contando com a presença de cerca de 3500 "festivaleiros".

Pelo palco passaram durante os dois dias, nomes sonantes do panorama musical nacional, Moonspell, Regula, Mundo Segundo, Meio-Irmão, Sebenta, e os não menos, Serrabulho, Bleeding Sin e Djs, Oder, Pina e Besser, notando-se um claro regresso ao rock puro, com algum hip-hop à mistura.

Foram dois dias intensos, com muito calor e música de diversos estilos, conforme palavras de Francisco Braz da organização, "Temos que ter diversos estilos de música, de forma a abranger um maior número de público diversificado. Não nos podemos dar ao luxo de ter só um género de musica no festival." "Um regresso ao rock, com um dia dedicado exclusivamente, que veio traduzir-se na consagração do regresso deste Festival, iniciado à três anos para cá." "Carviçais, aldeia do Rock!"

A continuidade do Carviçais Rock está já assegurada para o próximo ano, dando cumprimento aos compromissos de mandato constantes e propostos nas suas linhas de ação dos executivos de Carviçais e Torre de Moncorvo, nos moldes que se têm vindo a praticar, ajustado aos custos controlados e à realidade da nossa região, com a continuidade de um dia dedicado ao puro rock, de forma a poder manter a sua identidade.


Segundo o Presidente da Junta de Freguesia de Carviçais, Francisco Braz, e o Presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, Nuno Gonçalves, para o ano está garantida mais uma edição, que será a 15ª, do Festival Carviçais Rock, nos dias11 e 12 de Agosto de 2017.

Fonte: Newsletter Carviçais