segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Trás-os-Montes - Património Imaterial


FOME

Ouvi atentamente os breves depoimentos de Aniceto e Alcina que relembraram as suas vidas de extrema miséria. Tão extrema que nem imaginamos tivesse sido possível. Mas foi real, vivida em vexame  e sentida como afronta, mas nunca verbalizada. Pobres espoliados!
Eu era criança, mas lembro-me do caldo de beldroegas e das papas de berças. Lembro-me também de todas as noites rezar com a minha avó para que Deus nos livrasse da FOME, da PESTE e da GUERRA. Por esta ordem: é que a fome matava mais do que as outras duas pragas juntas. Milhares de crianças não sobreviviam para além do segundo ano de vida, porque a fome era grande.Mais milhares morriam antes de atingirem os sete anos, porque a fome era muito grande. Dias sobrevinham em que nem sequer havia um caldo de urtigas com um pingo de azeite … Eram os dias negros em que, de estômago encolhido, coração apertado e pés descalços e gretados, se ia pedir esmola.
Que humilhação ! Deus estaria, talvez, distraído.
E hoje? Como é hoje? 
Temo que a fome volte a instalar-se. Porque o vexame, a humilhação e a espoliação já estão instaladas. E não vivemos numa ditadura. É mesmo suposto vivermos num estado democrático  porque, ao contrário dos nossos avós, que não tiveram Escola, nem Serviço Nacional de Saúde, nem Segurança Social nós, de acordo com a Constituição, temos tudo isso, porque vivemos num regime democrático.  
Como? Que estou eu a dizer?
Onde já se viu que numa democracia o Estado possa, impunemente, espoliar os seus cidadãos? Onde já se viu que numa democracia haja governantes, políticos e banqueiros que,arrogantemente, nos dizem que temos de empobrecer, sair do país, emigrar… enquanto que eles próprios mantêm os seus vencimentos e reformas obscenamente milionárias, as suas benesses e privilégios e até fortunas obscuramente obtidas?
Não quero, não posso acreditar que Deus esteja outra vez distraído.

Leiria, 17 de Fevº de 2013



Júlia Ribeiro

OS RETORNADOS,FERNANDO DACOSTA E MONCORVO

FAZ TANTO FRIO
A utopia para eles não era (não é) a sociedade sem classes; é a vida sem carências, com segurança e estabilidade, com habitação,com emprego, com assistência, coisas cada vez mais inacessíveis.
«A abertura que nós instalámos foi grande, mas assustou as pessoas, que passaram a olhar-nos um bocado de lado.›› Sentados numa esplanada do jardim principal de Moncorvo,
Carlos Maia (natural de Luanda),]osé Fernandes .(de Camabatela) e Evaristo Teixeira (de Luanda), falaram-nos da sua vinda para Portugal, da sua curiosidade, dos seus traumas, do seu desânimo, da sua (in)adaptação à vida transmontana.«Se conhecêssemos como eram as coisas aqui não tínhamos vindo, tínhamos ficado. Ao menos lá não havia frio, e aqui faz tanto frio! Aqui amanhece e anoitece muito devagar, parece que o tempo pára, e nós não temos nada para fazer. Estamos desanimados, sentimo-nos inseguros.Temos medo, o que vai ser a nossa
vida, fechados neste planalto? Caímos numa passividade muito grande. Passamos o tempo no café, que é o local dos encontros e das intrigas. Estamos numa crise, os de cá também. Uma pessoa acaba, nestas circunstâncias, por se tornar extremamente individualista. As tentativas de criar projectos culturais falharam por falta de espaços, de receptividade.Talvez a nossa decepção se explique porque imaginávamos um Portugal diferente, ouvíamos os nossos pais contar tanta coisa! Em África, eles mitificaram isto... Cá, mitificam África!››
Excerto do livro.Os RETORNADOS MUDARAM PORTUGAL, de Fernando Dacosta
Fotografias de ANTT,Alfredo Cunha e Leonel Brito



ADEGANHA - Hora de descanso


Quinta de Crestelos à esquerda e Santo Antão da Barca

      Quinta de Crestelos à esquerda e Santo Antão da Barca à direita.Foto de José Rodrigues

Rio Douro, entre o Pocinho e a Foz do Sabor

    Foto A.F.F.M.

A AMÊNDOA COBERTA no EXPRESSO (15/06/13)


Made in Mogadouro


Dois milhões e meio de euros para produzir queijo em Mogadouro. A nova fabrica quer colocar no mercado produtos “diferenciados”, destinados à exportação através de nichos de mercado.

Fábrica de queijo do Mogadouro. Foto: DR
Um empresário transmontano vai abrir uma unidade de transformação de produtos lácteos no concelho de Mogadouro, onde espera produzir 400 toneladas de queijo por ano.

A nova fábrica, um investimento de 2.5 milhões de euros, vai empregar uma dezena de trabalhadores, terá capacidade para receber 120 mil litros de leite por dia e transformar 40 mil litros em queijo de diversas qualidades e sabores.

A nova unidade fabril abre este sábado e vai produzir queijo de cabra, ovelha e vaca, introduzindo na sua confecção outros produtos endógenos como frutos secos ou ervas aromáticas.

Fernando Pais, mentor do projecto, explica que a ideia da construção da unidade fabril surgiu em 2005, quando procedia à recolha de leite de cabras e ovelhas do Planalto Mirandês e Douro Superior. A ideia foi amadurecendo e o crescimento da empresa justifica o investimento.

CASTELO DE NUMÃO



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ALFÂNDEGA DA FÉ - Mundo rural

Foto A.F.F.M.

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domingo, 30 de outubro de 2016

Quinta da Perdiz - Cistus

Quinta da Perdiz III - Cistus Tinto from Leonel Brito on Vimeo.

Aldeias Transmontanas

Carlos Ferreira e as aldeias transmontanas from Leonel Brito on Vimeo.

Moncorvo - Património Imaterial

Mundo rural - trabalhos ligados à colheita do cereal, trigo e centeio.















Com o amadurecer do cereal é necessário cega-lo, as cegadas faziam-se no regime de torna jeira, ou seja, os habitantes de determinada aldeia combinavam, por iniciativa do proprietário de uma terra de centeio ou trigo, ir cegar essa mesma terra durante um dia. O proprietário do cereal tinha a seu cargo a alimentação e as bebidas para todos. Assim, de forma mais ou menos ordenada se faziam as cegadas de toda a aldeia.
Seguia-se a acarreja, transporte do cereal para as eiras, tarefa em que a entreajuda era ainda mais indispensável.
Por último temos as malhas, o cereal era separado da palha, até há cerca de 50 anos de forma manual com a utilização de malhos; nestas tarefa eram envolvidos homens e mulheres da aldeia.
Nota do editor: A fotografia da esquerda - Estevais (1974),a da direita está exposta no Centro Interpretativo de Algodres ( http://www.algodres.com/01/01.14.0.htm )
excertos do texto: http://www.arodrigues.

A moura encantada de Adeganha

 N.Senhora do Castelo.Fotografia de José Rodrigues
No antigo castelo de Adeganha [concelho de Moncorvo] existia uma passagem
subterrânea que depois foi tapada. Lá dentro ficou uma jovem moira que os cristãos
haviam raptado e ali encerraram. Era tecedeira e tecia fios de ouro. Pelo tempo fora, a
moura ali ficou encantada.
Um dia, um pastor andava por ali, guardando as cabras. Subiu ao cimo das
ruínas do castelo e espreitou por um buraco. Viu umas escadas e desceu por elas.
Começou a ver ouro, muito ouro. De repente, assustou-se e voltou a subir, cheio de
medo. Ouviu então uma voz dizendo:
– Ah, ladrão, que me dobraste o encanto!
Era a voz da moura, lamentosa, que ali continuaria, encantada, pelos tempos
fora. O encanto só podia ser quebrado por alguém que ali fosse à meia noite do dia de
São João.

E foi o que aconteceu. Um outro pastor, que guardava ovelhas, deixou perder
uma delas que entretanto parira. Foi procurá-la de noite. Subiu ao castelo para ver se
escutava os balidos da ovelha e da cria. De repente, espreitou pelo buraco. E lá dentro,
viu uma toalha branca, de linho, cheia de figos secos. E que apetitosos!...
Desceu, e foi encher os bolsos. Depois foi à procura da ovelha. Encontrou-a
junto ao castelo, presa em umas silvas e acariciando o cordeirinho. Então meteu um
figo à boca, mas... era de ouro. Os figos eram todos de ouro fino. Ouviu então um
barulho leve, como de avezinha, e uma palavra cheia de ternura e felicidade:
– Obrigada!
Era a moura que voava, livre, para junto dos seus. O encantamento havia sido
quebrado. Ficou da história uma quadra que o povo de Adeganha continua a cantar:

 “Aqui está Adeganha,
Toda ela engalanada!
Ao cimo tem o castelo
Com sua moira encantada!”
Fonte
ANDRADE, Júlio – “Lenda da moira encantada de Adeganha”, in Terra Quente, Mirandela, 1-12-1999.
in Parafita, Alexandre, Mouros Míticos em Trás-os-Monte - contributos para um estudo dos mouros no imaginário rural
a partir de textos da literatura popular de tradição oral, Volume II.

Publicada por ADEGANHA VIVA

VELHAS PROFISSÕES


BALDOEIRO - Fragada dos Estevais: Civitas Baniensium

Ara trabalhada nas quatro faces. Capitel composto por frontão sub-triangular e toros laterais; no topo apresenta um fóculo circular central escavado; moldura sob a cornija e na base. Face frontal profusamente decorada com motivos vegetalistas, quer a nível do capitel e da base, como na moldura do fuste que enquadra a inscrição. Campo epigráfico moldurado e com superfície rebaixada. A paginação do texto alinha-se sensivelmente segundo o eixo de simetria. A dedicatória, que envolve a oferta de uma ara de consideráveis dimensões e riqueza artística, é feita simultaneamente a IVPITER OPTIMVS MAXIMVS (essencialmente por extenso) e à CIVITAS BANIENSIVM, ou seja, à própria cidade dos Banienses.

Tradução: A Júpiter Óptimo (e) Máximo e à Cidade dos Banienses, Sulpicius Bassus como oferenda doou (ou dedicou). (Segundo ficha de Catálogo da Exposição "Religiões da Lusitânia" da autoria de José Cardim Ribeiro). IOVI / OPTIMO / MAX(imo) / CIVITATI / BANIENSV/S (sic) L(ucius) BASVS/ CVRAVIT//.

- Museu Nacional de Arqueologia

Historiadores e arqueólogos ainda não chegaram a uma conclusão quanto ao local exacto onde se situa a Civitas Baniensium. Várias são as teorias. De acordo com Jorge Alarcão em "Notas de Arqueologia", podemos considerar o seguinte:

Rio Sabor - Mós submersas

Fotografia de José Rodrigues

Baixo Sabor - Nova ponte da Portela

40 metros de altura e 266 metros de comprimento.Foto A.F.F.M.

FELGAR - Resgate da História de Uma Família

Assis Pacheco e Dona Elisa Praça (1974)
Angra dos Reis, 18 de julho de 2013
Brasil - Estado do Rio de Janeiro

Prezado Senhor,

Meu avô António Maria Praça, nasceu no Felgar em 1905, era filho de Álvaro Emílio Praça e de Maria Pia de Castro Valente.
Em 1927 veio morar no Brasil, dizia que tinha vindo a passeio para conhecer esta terra e aqui ficou, casou-se teve filhos e netos e assim sucessivamente. Porém repetia sempre que possível que ainda estava a passeio nesta terra do Brasil.
Trabalhou em inúmeras gráficas do Rio de Janeiro e São Paulo. Em meados dos anos 50 fixou residência em Resende, pequena cidade do interior do Estado do Rio de Janeiro, na época cidade rural. Ele e minha avó buscavam um canto sossegado para criar meu pai que na época tinha apenas dez anos de idade.
Meu avô deixou no Felgar, irmãos e irmãs, era o que dizia, sempre com saudades, mas os tempos eram outros e as famílias se separavam de tal maneira, que somente as lembranças serviam de consolo.
Agora o senhor deve estar se perguntando, o por quê de toda esta história?
É simples, quando meu avô se foi eu tinha somente um ano de idade e o que sei de nossos antepassados é o que meu pai, já falecido, nos contava, e eu dentro de minha busca por histórias do passado me deparei com seu Blog e com todas estas histórias lindas. 
Encontrei textos sobre Senhor Afonso Praça, primo de meu pai e sobrinho de meu avô António que era irmão de Dona  Elisa Praça.
Peço ao Senhor que tendo algo sobre meus antepassados que possa me dizer, qualquer coisa, agradeço desde já, pois irá enriquecer em muito minha busca pela história de minha família.

Atenciosamente
Luciana Praça

Nota do editor do blog:Quem tenha  a informação pedida e queira colaborar envie para o mail do blog ou publique nos comentários.Obrigado,  em nome da Dona Luciana Praça e nosso. 

A sua tia-avó : http://www.youtube.com/watch?v=lU5PaaP86O0

sábado, 29 de outubro de 2016

Freixo de Espada à Cinta - À Vista de Pássaro

MIRANDA DO DOURO - 1973


Moncorvo: um diamante...


Moncorvo:
um diamante que
se molda sozinho nas
mãos das cobrideiras



IN FUGAS ,PÚBLICO  de 30/03/13





Leia a reportagem em:

DOURO E SABOR

 





















Click nas imagens para aumentar.
Fotografia da esquerda : rio Douro no concelho de Moncorvo(Urros,Peredo dos Castelhanos).
Fotografia da direita : rio Sabor no concelho de Moncorvo (Póvoa,Larinho)
Postado em Julho de 2011

Rio Sabor. SILHADES -2005 /2013














Fotos cedidas por António Manuel Teixeira e Ana Gomes.
Mais fotos em : http://www.facebook.com/media/set/?set=a.10200745095888063.1073741830.1182175116&type=1

BEMPOSTA - 1964

Foto cedida por Arnaldo Firmino
A Barragem de Bemposta faz parte do Aproveitamento Hidroeléctrico de Bemposta está localizado imediatamente a montante da confluência do afluente rio Tormes, no final do troço internacional atribuído a Portugal, junto da povoação de Bemposta, concelho de Mogadouro e distrito de Bragança.Wikipédia

Vilar Chão, Alfândega da Fé - BRASÃO

Este brasão, que se encontra em Vilar Chão, Alfãndega da Fé, apresenta elmo dextro, não é pleno, em linguagem heráldica, considera-se partido, apresenta um farpão que indicia que não decorre directamente do primogénito e tem simbolizadas apenas e só as armas dos Cabral (as duas figuras) e dos Ferreira (as quatro faixas).
Desde a segunda metade século XVIII que os morgadios foram sendo objecto de atenção por parte do legislador o que culminou com a sua extinção em 1863. A partir desta data, em Portugal as pedras de armas vêem a sua importância circunscrita a um âmbito de preservação da memória já não representando qualquer vínculo como sucedia, de algum modo, até aí.
É assim que tudo aponta para que vários apelidos e famílias possam considerar-se de algum modo ligadas a esta casa em que o brasão se encontra, da actualidade até ao século XVII e tendo em atenção filhos, pais, netos e as vias paterna e materna. Esses nomes de apelido são: Caldeira, Martins, Pimentel, Urze, Tomé, Aragão Cabral, Vilares, Ferreira, Gonçalves, Homem, Ferro, Valente, Fernandes, Carrião, Morais Pimentel, Morais Sarmento e, na linha mais antiga que foi possível apurar no intervalo de tempo acima referido, Damião de Morais, de Castro Vicente, que casa com Maria de Sousa (via paterna); Bernardo Homem, que casa com D. Maria Bernarda de Aragão Cabral, de Chacim (via materna).
Das então vilas e depois aldeias de Castro Vicente e Chacim parece irradiar este fluxo com destino a Vilar Chão, aqui se vindo a radicar as mais das vezes por casamento.
Todas estas famílias estão predominantemente ligadas, no intervalo de tempo considerado e salvo melhor opinião, pelo apelido Morais.
De onde vêm, indo mais fundo, estes Morais? Talvez não seja por acaso que  Alexandre José Ferreira de Aragão faleceu em Santo André de Morais e aí foi sepultado, na igreja, em 12.2.1820. Sua esposa, Delfina Inácia, havia falecido nove meses antes em Nossa Senhora da Assunção de Vilar Chão tendo sido sepultada na igreja desta localidade.
 N. B. As pesquisas que conduziram à elaboração deste texto foram feitas em Bragança, nos arquivos Distrital (agradecendo a prontidão do atendimento, que foi presencial) e do Paço (com os agradecimentos ao Dr. Prada pela solicitude e disponibilidade de horário e ao meu amigo de longa data Valdemar de Deus pela colaboração de sempre) e em Alfândega, em arquivo actualmente sob a responsabilidade da Câmara Municipal (com os agradecimentos aos que me conduziram até lá e a quem, de direito, me facultou os antigos livros de registo de propriedades para consulta presencial).
 Vilar Chão, Verão de 2013

Carlos Sambade

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

TORRE DE MONCORVO - Abade Tavares

Nasceu na freguesia da Lousa, concelho de Moncorvo, a 4 de Abril de 1868. Foram seus pais Custódio Luis Tavares, natural da freguesia de Santo Amaro, concelho de Vila Nova de Foz Côa e Luísa da Conceição Teixeira, natural da freguesia da Lousa, concelho de Moncorvo.
Fez os seus estudos preparatórios e teológicos no Seminário de Bragança, onde recebeu a Ordem de presbítero no ano de 1894.
Foi pároco de Maçores, Ligares e Larinho e, finalmente, da freguesia de Carviçais onde morreu, completamente cego, a 10 de Abril de 1935.

Quadro existente no Seminário de Bragança
Da "Gazeta de Bragança" de 22 de Outubro de 1899 se transcreve, como homenagem ao culto sacerdote este excerto: "É (o abade Tavares) um dos espíritos ilustrados e esclarecidos da actual geração transmontana, que tem dedicado a sua actividade intelectual ao estudo das antiguidades desta província, tanto na linguística como de tudo o que pode concorrer para conhecimento do seu passado. Sacerdote exemplaríssimo, ao mesmo tempo que exerce a evangélica missão da direcção espiritual dos seus parochianos, vai, com espírito sagaz, observador, colhendo entre eles e nos seus hábitos, usos e costumes, todas as jóias archaicas perdidas, que hão-de um dia servir para formar um thesouro de subido valor para a história d,esta região..."
Foi sócio da Associação dos Arqueólogos Portugueses e da Sociedade de Geografia de Lisboa.
Escreveu, entre outras obras,: "Etnografia Transmontana" - Agricultura do concelho de Moncorvo. Porto, 1908.
Deixou manuscritos de certo valor, cujo paradeiro desconhecemos, como (em verso): "Crepusculos"; "Penumbra"; "O noivado do sepulcro" (poemeto que dedicou à morte de seu irmão doutor Manuel Jacinto Tavares) e "Devaneio poético popular" e outro poemeto escrito a propósito de uma viagem que fez a Roma, em 1925.
Em prosa deixou, também, em manuscrito, segundo afirma o Abade de Baçal,: "Superstições populares transmontanas" as "Monografias" de Carviçais, de Ligares, de Nossa Senhora da Teixeira, de Moncorvo e de Santo Ildefonso (Souto da Velha e Felgar).
Publicou na Revista Lusitana, n.os VIII e IX o "Romanceiro transmontano" que mereceu referências elogiosas de Carolina Michaelis de Vasconcelos.
Colaborou em alguns jornais e revistas dos quais apenas cita-mos alguns: "Gazeta de Bragança", "O Nordeste", "O Moncorvense", "O Brigantino", "O Mirandelense", "Correio Nacional", "Boletim Diocesano", "O Arqueólogo Português", "Ilustração Transmontana", "Portugália", "Revista Lusitana", "Boletim da Diocese de Bragança" etc.
Bateu-se (e de que maneira!) pela fundação de um Museu em Moncorvo e como não conseguiu o seu intento ofereceu grande parte do rico espólio arqueológico que possuía ao Seminário de Bragança e, também, algumas antiguidades arqueológicas ao Museu Regional de Bragança, hoje, Museu Abade de Baçal e ao Museu Ethnológico do Dr. José Leite de Vasconcelos, de quem foi grande amigo.
Padre Rebelo
In MONOGRAFIA de N.S. DA TEIXEIRA
Publicado em 16/05/11

TORRE DE MONCORVO -Professora Luzia e alunas


Ano de 1953,em que a professora Dona Luzia Areosa se aposentou.
Fernanda Lamego,uma das alunas,enviou a fotografia e pede para as colegas se identificarem.
Postado em 22/06/11

Moncorvo - Da Fragada ao Reboredo

FOTO A.F.FM.

ESTEVAIS DA VILARIÇA - Vida rural

Foto A.F.F.M.

Torre de Moncorgvo - Convite


Concessionária mineira de Moncorvo vai arrancar com exploração até 2018



O período de tempo está consensualizado entre a Direcção-Geral de Energia e Geologia e a empresa MTI-Minas de Moncorvo: depois de ser assinado o contrato de concessão entre ambos, a empresa terá um prazo máximo de um ano e meio para arrancar com a actividade. Caso contrário, o contrato deixa de ter valor e a empresa perde os direitos de exploração dos 46 quilómetros quadrados de área que lhe vai ser concessionada no município de Moncorvo, deitando por terra um investimento de mais de sete anos e de 12,5 milhões de euros. “Acreditamos mesmo que desta vez tem tudo para dar certo. O primeiro minério a sair da encosta norte da Mua [a primeira fase de exploração é muito simplificada] para o Pocinho deverá acontecer, o mais tardar, no início de 2018 ”, disse ao PÚBLICO Carlos Guerra, representante da MTI.

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Autarcas discordam do valor pago pela EDP ao fundo do Baixo Sabor



O valor que a EDP vai pagar ao Fundo do Baixo Sabor, uma das medidas de compensação pela construção da barragem, ficou aquém do esperado pelos autarcas.
Essa é, pelo menos, a queixa de Berta Nunes, presidente da Câmara de Alfândega da Fé, um dos quatro municípios que estão na área de influência deste empreendimento hidro-elétrico, que iniciou a fase de produção a partir de janeiro. Torre de Moncorvo, Macedo de Cavaleiros e Mogadouro são os outros concelhos abrangidos mas, de lá, para já, vem apenas o silêncio.
Quem não se cala é Berta Nunes, que levantou esta questão publicamente numa sessão de esclarecimento sobre o Orçamento de Estado do próximo ano que decorreu em Br
agança, no sábado, com a presença do Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral.

Fonte: http://www.mdb.pt/noticia/autarcas-discordam-do-valor-pago-pela-edp-ao-fundo-do-baixo-sabor-5800