sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Que natal é este que acontece lá fora?,por Virgínia do Carmo

Que natal é este que acontece lá fora?

Há um vermelho cor de fome nos olhos dos meus reflexos.
Um travo a sentido único na pele fina dos meus dedos.
Os retratos pousados na minha memória sangram vidas
que os segundos rompem, implacáveis. Rompem e trespassam.
[Espelhos e gestos.]
Indiferentes a todas as assimetrias do quarto redondo onde descanso
do mundo.

Que natal é este que acontece lá fora?

Dentro de mim não há-de caber um natal que não sabe caber
dentro de todos.

VC

Estevais - Povoado de Baldoeiro


Fotografia A.F.F.M.
Povoado de Baldoeiro
CNS:1008
Tipo:Vestígios Diversos
Distrito/Concelho/Freguesia:Bragança/Torre de Moncorvo/Adeganha
Período:Neo-Calcolítico (?), Romano e Medieval Cristão
Descrição:Grande quantidade de vestígios de ocupação humana. Encontram-se nesta área diversos penedos insculturados com motivos serpentiformes; e restos de um povoado em que as recolhas de superfície deixam entrever uma cronologia pré-histórica com prolongamento até ao período moderno. São igualmente visíveis vestígios de assentamento de uma torre roqueira do período medieval, as ruínas de uma igreja românica e uma necrópole de sepulturas escavadas na rocha. Os trabalhos arqueológicos incidiram em particular na "Igreja" e na respectiva Necrópole, com pontuais trabalhos na Torre Roqueira.
Meio:Terrestre
Acesso:O seu acesso faz-se pela estrada municipal da Portela a Adeganha.
Espólio:Fragmentos de cerâmica (louça doméstica, cossoiros de barro, pesos), fragmentos ósseos, dentes (incisivo e molar), metais: argola em ferro, dobradiça, fivela, cavilha, pregos, moedas, escória de ferro, restos de argamassa, fragmento de mó manual, e vestígios líticos diversos.
Depositários:Museu do Ferro e da Região de Moncorvo
Classificação:Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
Conservação:-
Processos:
 FONTE:
S - 01008, 84/1(120), 89/1(060) e 96/1(188)
http://arqueologia.igespar.pt/index.php?sid=sitios.resultados&subsid=55600&vt=123710

MONCORVO - ÁLBUM DE MEMÓRIAS


Dois moncorvenses no Boavista dos anos 70, Amândio Barreiras e Urgel Carvalho.
Fotos enviadas por Sílvio de Carvalho

LOUSA -DOURO VINHATEIRO

Foto A.F.F.M.

Pequenas Memórias - “FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS” (III), por Júlia Barros Ribeiro

“Grande é a poesia, a bondade e as danças ... Mas o melhor do mundo são as crianças “
Fernando Pessoa

Pouco depois do 25 de Abril, talvez por fins de Maio ou princípios de Junho , fui convidada pelo Prof.Rogério Fernandes , então Director- Geral do Ensino Básico, para Directora da Escola do Magistério Primário de Leiria. Pedi um tempo para pensar, porque uma Escola do Magistério era um mundo diferente do de todas as outras escolas . (Mas isto é outra história). Após aturada reflexão, consciente de que o cargo era político, mas atendendo a que o Ensino Primário era então o único que chegava a todas as crianças do país, decidi aceitar a tarefa.
Além da formação dos futuros professores do Ensino Primário, havia a supervisão das Escolas Anexas, onde decorriam os quatro anos de escolaridade que constituiam o Ensino Primário .
Um dia, uma das professoras entrou no meu gabinete e mostrou-me uma revista pornográfica que havia tirado das mãos de um garoto da 1ª classe. Era pornografia da pesada. Ela explicou: “ Começaram as aulas na semana passada e já é a quarta revista porca que lhe tiro. Eu dou conta, porque ele anda a mostrá-las aos outros. Olhe que o miúdo ainda não tem 7 anos. Que acha que devo fazer? “ .“Vamos dizer ao menino que não traga mais revistas para a escola e temos de chamar os pais”.
Chama-se o menino; eu, com a revista na mão, começo a dizer : “ Pedro, tu ... “ O miúdo interrompe e, todo contente, diz: “ Você também gosta da revista? A minha pessôra gosta muito. Tira-mas e mete-as na gaveta”. A professora até ia tendo uma síncope.
Eu voltei a falar: “Espera, Pedro. Diz-me só onde é que tu achas estas revistas que trazes para a escola?”
“Estão lá muitas em casa, debaixo da cama do meu pai e da minha mãe” . O Pedro foi para a sala de aula e, ainda nesse dia, eu disse à mãe do Pedrinho , entregando-lhe as revistas : “ Minha senhora, pornografia, tal como os remédios, SEMPRE FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS”.

Júlia Ribeiro

19 Agosto 2011

TORRE DE MONCORVO - A VOLTA (Anos 50)

Click na imagem para aumentar.
Foto do arquivo do professor Arnaldo Silva. Enviada por Paulo Patoleia.
Publicada em Agosto de 2010

Nota: Para abrir a página(ampliar a foto), clique no lado direito do rato ;abrem as instruções, e depois clique em abrir hiperligação

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

TORRE DE MONCORVO - PUBLICIDADE (1898/1913)



















Nota: Para abrir a página(ampliar as fotos), clique no lado direito do rato ;abrem as instruções, e depois clique em abrir hiperligação

TORRE DE MONCORVO: EMIGRAÇÃO - Brasil (1947)

Carina,obrigado.
Nota: Para abrir a página(ampliar a foto), clique no lado direito do rato ;abrem as instruções, e depois clique em abrir hiperligação.

BAIXO SABOR - RIBEIRA DA VILARIÇA

                                          Fotografia enviada por João Luís Gomes Braga

Freixo de Espada à Cinta : Colocação da Estátua de Jorge Álvares - 1956

Fotografia cedida por Jorge Duarte - Diretor do Museu da Seda e do Território

EKUI CARDS - Projeto de alfabetização nasce em Alfândega da Fé




Mora em Alfândega da Fé a primeira linha de material lúdico-didático inclusivo do mundo. Os EKUI Cards permitem a que qualquer pessoa com ou sem necessidades educativas especiais possa aprender o alfabeto e têm por isso arrecadado vários prémios no âmbito do empreendedorismo social.

Douro Mágico 360º apresenta uma viagem virtual pela região

Já é possível conhecer o Douro e as Aldeias Vinhateiras através do site Douro Mágico 360º. E ainda tem a possibilidade de fazer o seu roteiro.

A Douro Generation- Associação de Desenvolvimento, em parceria com a Associação Aldeias Vinhateias do Douro, lançou recentemente a Plataforma online Douro Mágico 360, onde os visitantes podem fazer uma viagem virtual e conhecer restaurantes, hotéis, serviços e produtos da região.


A Plataforma arrancou com 148 entidades, 444 produtos e serviços, com um levantamento de 100 locais do Douro e 200 fotografias e vídeos. Marcam presença produtores, empresários do alojamento restauração e diversão, bem como entidades públicas e do terceiro setor.

Nordeste Transmontano -Efemérides (28/12)

28.12.1395 – Criação de uma feira franca em Torre de Moncorvo. Tinha a duração de 15 dias e começava no dia 1 de Maio.


...há 13 dias que se não vê o sol ...
28.12.1843 – Francisco António Carneiro de Magalhães e Vasconcelos escreve na revista Lisbonense dizendo que há 13 dias que se não vê o sol e que as geadas e o frio são demasiados, mas a vista é bonita:
– Goza-se agora de uma vista que arrebata, imitando perfeitamente os fios e teias de aranha, festões e flores de finíssimas pérolas ou fiadas de brilhantes.
28.12.1865 – Criação de uma direcção dos Correios de Freixo de Espada à Cinta subordinada a Vila Real.
28.12.1891 – Nota da Caderneta de Lembranças: - ó meio dia, é que acabarão a calçada da praça.
28.12.1895 – Nota da caderneta de Lembranças: - casou a srª D. Maria Candida da Silva vª com o sr. Abílio Pires também vº.
António Júlio Andrade


Reedição de posts desde o início do blogue.




terça-feira, 27 de dezembro de 2016

LIAMBA NA VILARIÇA

 





















Nota: Para abrir a página(ampliar as fotos), clique no lado direito do rato ;abrem as instruções, e depois clique em abrir hiperligação.

(JOÃO BERNARDO SÁRREA DE BARROS),por António Pimenta de Castro*

 Lembrando O  SENHOR BARROS Dentista

                                                 
 DEDICATÓRIA

Quero dedicar este meu trabalho, à memória do meu saudoso amigo, João Bernardo Sárrea de Barros, mais conhecido por Sr. Barros dentista. Pelos muitos e memoráveis momentos de convívio, vividos em conjunto, juntamente com o meu querido e saudoso Tio Mário, junto à sua reconfortante lareira, em noites de longa invernia transmontana, em tardes de douta conversação, no seu consultório, quer ainda, em noites encantadas de luar, (como só em Mogadouro existem) perfumadas pelo aroma do meu cachimbo e pela sua agradável presença, sentados no pátio da sua casa, em amena e harmoniosa cavaqueira.
 Às suas filhas, Maria da Conceição Barros Afonso e Maria Júlia Guarda Ribeiro, pelo que me ajudaram na recolha de informação sobre a vida do seu saudoso pai.    

                                                      À LAIA DE INTRODUÇÃO

Moncorvo - Igreja Matriz (Copus Dei)

 2012.
Nota: Para abrir a página(ampliar as fotos), clique no lado direito do rato ;abrem as instruções, e depois clique em abrir hiperligação.
VER:
http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2012/01/torre-de-moncorvo-igreja-matriz_19.html
http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2012/02/patrimonio-bispo-de-bragancamiranda.html
http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2010/10/torre-de-moncorvo-igreja-despojos-da.html
http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2010/11/torre-de-moncorvo-igreja-despojos-da.html
http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2012/02/torre-de-moncorvo-o-circulo-das-pombas.html
http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2011/12/moncorvo-igreja-matriz-passagem.html
http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2011/12/igreja-matriz-nichos.html
http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2011/06/torre-de-moncorvo-igreja-matriz-ao-deus.html
http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2011/05/igreja-matriz-agricultura-biologica.html
http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2011/05/torre-de-moncorvo-igreja-matriz.html
http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2011/04/moncorvo-jardim-suspenso-da-igreja.html

Freixo de Espada à Cinta

Foto Lb

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Cuca Roseta e NAMARI em Moncorvo


ESCALHÃO - Museu de Artes e Ofícios














Fotos A.F.F.M.

sôbolos rios que vão ,por Pedro Saborino


ao rio Sabor, berço da minha memória

e a Camões, tão perto de nós
sôbolos rios que vão
na minha terra, crescem
as penas que em mim nascem
das memórias que ali estão
e por eles permanecem

como o verde curso agreste
levo a mágoa que se tem
por tudo o resto que vem
no tempo que a mim reste
do tempo que a vida tem

entre o meu corpo e os medos
contam-me sonhos do mar
belas coisas de encantar
desvendam-me os seus segredos
que o sonho não vai guardar

dos meus rios desta vida
não me digam donde vão
porque se alonga a partida
sôbolos rios que vão
em todos há despedida


Pedro Saborino

http://headandneckdanieldesousa.blogspot.pt/2011/09/sobolos-rios-que-vao.html

ESTEVAIS - 2009

Nota: Para abrir a página(ampliar as fotos), clique no lado direito do rato ;abrem as instruções, e depois clique em abrir hiperligação.

Rio Sabor- Lá para os lados da Portela

2012

Moncorvo, Zona Quente na Terra Fria (1974)


CINCO ADOLESCENTES FALAM DA VILA



     São quatrocentos estudantes na Escola Secundária, mais de trezentos no ciclo preparatório. A vila parece não ter ainda pesado bem o que isto significa.

    A vila, como ficou escrito na abertura desta série de reportagem, tem cerca de 2400 habitantes, ou tinha-os em 1970 e hoje contaria mais uma ou duas centenas (por influência da escolarização). Sentirá ela a vaga de fundo juvenil? E esta, o que pensa do «sítio» onde está nitidamente de passagem? Cinco adolescentes aceitaram o convite da «República» para uma conversa em redondo: o texto é, pois, deles e de mais ninguém.

ESCOLA INDUSTRIAL - ÁLBUM DE MEMÓRIAS

Foto cedida pelo professor J.Fernandes

sábado, 24 de dezembro de 2016

O Douro (O)culto. Alexandre Parafita

Arquivo do blog. Estevais 2013.
Celebrou-se por estes dias, na justa medida da dignidade do evento, os 15 anos da classificação pela UNESCO do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial. Como é próprio das celebrações, foi uma oportunidade para refletir sobre os desafios que o selo de Património Mundial impôs no Douro e sobre novas dinâmicas que assegurem um crescimento sustentado salvaguardando a autenticidade do território. Uma oportunidade também para louvar o trabalho ciclópico de um povo que, ao longo de séculos, conseguiu moldar a própria natureza, dotando-a de uma beleza singular enquanto paisagem "evolutiva viva".
Vencida esta batalha, que colocou o Douro nas rotas mundiais, atraindo riqueza, expansão vinícola e turismo (200 mil visitantes anualmente sobem e descem o rio), há "outro" Douro que continua de fora. Na mesma medida em que uma paisagem "evolutiva viva" cresce, um Douro cultural de gente, de memória, definha. Entidades e organismos que vemos trombetear nas celebrações, alguns com responsabilidades na área da cultura, ignoram que o Alto Douro Vinhateiro não é apenas um espaço físico. É também um espaço semiotizado com a memória coletiva como suporte; um espaço de Património Imaterial que provém das raízes do povo e que está ameaçado de extinção nos 13 concelhos que compõem o território. Todo ele é caracterizado por um universo mítico-lendário associado às singularidades assombrosas da paisagem, mas também aos lugares de memória como são os vestígios de povos antigos, com os seus labores, os seus cultos pagãos, a sua religiosidade cristã (lagares cavados em rochas, gravuras rupestres, megálitos, grutas, castros, torres, capelas...), um universo de que a toponímia rural e os testemunhos da população idosa são, muitas vezes, a única fonte de informação disponível.
Este espólio faz parte de uma cultura imaterial, intangível, encerrada em arcas de memória frágeis. Os narradores da memória, "tesouros vivos" deste património, cuja proteção a UNESCO reclama dos estados, estão absolutamente desprotegidos no Douro Património Mundial. O abandono das aldeias e a retirada dos idosos para lares de terceira idade, sem, no mínimo, se acautelar um plano de salvaguarda dos seus testemunhos, através de um inventário sistematizado de Património Imaterial, é o maior flagelo civilizacional do nosso tempo. Hoje trombeteia-se a paisagem "evolutiva viva" para amanhã se prantear a paisagem "evolutiva morta".


Fonte: http://www.jn.pt/opiniao/convidados/interior/o-douro-oculto-5569815.html


Torre de Moncorvo - FRAGADA

Fragada from LB Produções on Vimeo.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Centro de Alto Rendimento de Remo do Pocinho

2014

Na década de oitenta, a construção da barragem do Pocinho, no curso do Rio Douro, criou um dos melhores planos de água do mundo para treino de remo. Esta afirmação é comprovada pela elevada procura daquele espaço por parte de atletas nacionais e internacionais de nível olímpico nos últimos anos. O complemento directo é o novo Centro de Alto Rendimento de Remo do Pocinho, uma linha branca que atravessa a paisagem Património da Humanidade. O espaço poderá albergar até 180 atletas em instalações de topo para a prática de remo. "Esta é também uma obra de relevo pelas suas preocupações de integração da acessibilidade e mobilidade para todos, bem como da sustentabilidade", marcas dos seus autores, a mpt – mobilidade e planeamento do território (com projecto de arquitectura de Álvaro Andrade e coordenação de Paula Teles).
Abra o link e veja as 27 fotos:http://p3.publico.pt/cultura/arquitectura/10463/pocinho-arquitectura-e-remo-de-alto-rendimento
Agradecimento a Conceição Silva

MOGADOURO -Vende-se em perfeito estado de degradação.

Valverde -Mogadouro .Foto de José Rodrigue.

RIO SABOR - Lá para os lados de Silhades

Foto de José Rodrigues

QUANDO À PORTA SE ASSOMA UM TEMPO DE ABANDONO,AMADEU FERREIRA (Texto)LUÍS BORGES (Fotografia)

[Aldeia da Serra do Barroso.
 Boticas. 2013]
não esperava o banco por ninguém e têm as aranhas todo o tempo, que não virá nenhum
correio interromper o seu labor de mumificar o olhar da aldeia em abandono; não está o
cajado com saber para prosseguir novos caminhos; falta descobrir a que mundos ainda
se prende a argola ou os dedos gostariam de se agarrar e saber em que tempos lançaram
raízes as histórias que se alongam pelos fios da ainda virgem barba e que tantas vezes
nos portais se fizeram folhetim: falhos de esperança, porque só confiantes no bolso
cheio, do avental, tornam impossível os olhos encontrar respostas para um olhar novo,
mantendo vivo o grito de uma pergunta sem tempo, a pedir resposta: que milagre
permitiu chegar até aqui?


,AMADEU FERREIRA (Texto)LUÍS BORGES (Fotografia) 

https://www.facebook.com/pages/Lu%C3%ADs-Borges-e-Amadeu-Ferreira/246368075500628?ref=ts&fref=ts

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Santo André, Valverde, Mogadouro - Aldeia abandonada













Fotos de José Rodrigues

GDM - ÁLBUM DE MEMÓRIAS

Foto cedida pelo Camané.

Ara Votiva a Tutela Cilhades Felgar Torre de Moncorvo

Lugar da margem direita do rio Sabor, freguesia de Felgar, concelho de Torre de Moncorvo, distrito de Bragança.
2
Agradecemos à EDP e ao ACE Baixo Sabor a necessária autorização para a publicação do presente texto. Agradece-se igualmente a José d’Encarnação,Guilherme Cardoso, Armando Coelho, Armando Redentor, André Tereso e Isabel Lopes (arqueóloga no Município de Carrazeda de Ansiães) o apoio prestado neste estudo.A intervenção arqueológica, promovida pela EDP (dono de obra), foi desenvolvida pelo ACE Baixo Sabor (consórcio construtor, formado pelas empresas Oderbrecht/Bento Pedroso Construções, S.A. e Lena Construções) e executada pela empresa Arqueoliber Lda. Integra-se, pois, no Estudo Etno-arqueológico de Cilhades, conjunto de medidas de minimização do Aproveitamento Hidro-eléctrico do Baixo Sabor.
3

Segundo Jorge Pinho, que dirigiu, à data, os trabalhos arqueológicos no Laranjal, a peça foi encontrada na EU [161]: Sedimento arenoso, castanho, solto.Apresentava na sua constituição muitas pedras de xisto de pequena, média e grande dimensão, algumas pedras de granito de tamanho pequeno e médio.Foram recolhidos alguns elementos arquitectónicos (ara votiva, coluna e silhar), muita cerâmica comum e de construção.

TEXTO COMPLETO EM PDF: https://www.academia.edu/1776230/Ara_Votiva_a_Tutela_Cilhades_Felgar_Torre_de_Moncorvo_

Núcleo Museológico da Fotografia do Douro Superior

Quase um mês de mudança de rumo nos registos e inventário do espólio do Núcleo Museológico. O cinema…E  quem não gosta de cinema?
Das cinco máquinas de projeção em arquivo, três estão um brinco. Em destaque a que me ofereceu o grande pedagogo Fernando Martins Lobo. Antes da partida, escreve-me uma carta onde refere “ Candeia que vai à frente alumia duas vezes”.
Mas vamos ao fundamental. Em Moncorvo temos a grandeza de termos tido grandes companheiros do tempo e das suas manifestações. Destes, há a destacar o Dr. Horácio Brilhante Simões. Foi ele que mais filmou em Torre de Moncorvo, nomeadamente a partir de 1945. As suas aventuras, no registo de imagens em movimento, justificam uma outra leitura da sua passagem por terras deste Douro Superior.
O sortudo fui eu em ter recebido todos os seus filmes, estes quase todos no formato 9,5mm. Alguns ricos de informação para o concelho e outros de caráter profissional. Assim, o inventário é o seguinte:
1 filme no formato 9,5mm, com familiares; 1 filme no formato 9,5mm, “Vinda de N. Sr.ª. de Fátima a Moncorvo, no dia 2 de Julho de 1953”, 1 filme no formato 9,5mm, “ Ferrominas”, com data provável de 1951; 1 filme musical no formato 8mm; 1 filme no formato 9,5mm “ Incubação artificial”; 1 filme no formato 9,5mm, “ Fábrica de leite”; 1 filme no formato 9,5mm, “ Ovelhas”;  1 filme no formato 9,5 mm, “Náufragos ”;  1 filme no formato 9,5mm, datado de 1935; 1 filme no formato 9,5mm “ Paris”; 1 filme no formato 9,5mm, “ Fátima, cardeal Cerejeira”; 1 filme no formato 9,5mm, “ Procissão Mártir S. Sebastião”;  1 filme no formato 9,5mm, “ Páscoa, 1946, vinda do Sr. Governador Civil a Moncorvo”; 1 filme no formato 9,5mm “ Fernando Joaquim Carlos Simões” e ainda dois filmes no formato de 16mm, por identificar. Do Estúdio Peixe, há a destacar 1 filme no formato S-8 de 1969 com “ Vistas de Moncorvo, Passeio ao Minho no Verão de 69; Noite de Natal no Porto em 1969 e Vistas do rio Douro 1970”. Do pedagogo Fernando Martins Lobo 3 filmes S-8, com registos de atividades em contexto de sala de aula na Escola Primária. De coleção particular, 8 filmes no formato S-8, “  Apolo 8 Moonorbit; Amica on the Mooner; La bande sauvage; Charlot Garcon de teatre 1 e 2; Patrouille de Nuit; Laurel e Hardy; Zorro sauve la mine”.
Um fascínio. Sei quem vai ficar extremamente comovido. E ele é…Leonel Brito. Todos adivinharam.

Arnaldo Silva

Rio Sabor - A velha ponte da Portela

Imagem cedida por José Rodrigues
Ponto em que um caminho ou uma estrada forma um cotovelo ou ânguloordinariamente numa garganta ou desfiladeiro.

"portela", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/DLPO/portela [consultado em 28-01-2014].