Que natal é este que acontece lá fora?
Há um vermelho cor de fome nos olhos dos meus reflexos.
Um travo a sentido único na pele fina dos meus dedos.
Os retratos pousados na minha memória sangram vidas
que os segundos rompem, implacáveis. Rompem e trespassam.
[Espelhos e gestos.]
Indiferentes a todas as assimetrias do quarto redondo onde descanso
do mundo.
Que natal é este que acontece lá fora?
Dentro de mim não há-de caber um natal que não sabe caber
dentro de todos.
VC
sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
Estevais - Povoado de Baldoeiro
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MONCORVO - ÁLBUM DE MEMÓRIAS
Dois moncorvenses no Boavista dos anos 70, Amândio Barreiras e Urgel Carvalho.
Fotos enviadas por Sílvio de Carvalho
Pequenas Memórias - “FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS” (III), por Júlia Barros Ribeiro
“Grande é a poesia, a bondade e as danças ... Mas o melhor do mundo são as crianças “
Fernando Pessoa
Pouco depois do 25 de Abril, talvez por fins de Maio ou princípios de Junho , fui convidada pelo Prof.Rogério Fernandes , então Director- Geral do Ensino Básico, para Directora da Escola do Magistério Primário de Leiria. Pedi um tempo para pensar, porque uma Escola do Magistério era um mundo diferente do de todas as outras escolas . (Mas isto é outra história). Após aturada reflexão, consciente de que o cargo era político, mas atendendo a que o Ensino Primário era então o único que chegava a todas as crianças do país, decidi aceitar a tarefa.
Fernando Pessoa
Pouco depois do 25 de Abril, talvez por fins de Maio ou princípios de Junho , fui convidada pelo Prof.Rogério Fernandes , então Director- Geral do Ensino Básico, para Directora da Escola do Magistério Primário de Leiria. Pedi um tempo para pensar, porque uma Escola do Magistério era um mundo diferente do de todas as outras escolas . (Mas isto é outra história). Após aturada reflexão, consciente de que o cargo era político, mas atendendo a que o Ensino Primário era então o único que chegava a todas as crianças do país, decidi aceitar a tarefa.
Além da formação dos futuros professores do Ensino Primário, havia a supervisão das Escolas Anexas, onde decorriam os quatro anos de escolaridade que constituiam o Ensino Primário .
Um dia, uma das professoras entrou no meu gabinete e mostrou-me uma revista pornográfica que havia tirado das mãos de um garoto da 1ª classe. Era pornografia da pesada. Ela explicou: “ Começaram as aulas na semana passada e já é a quarta revista porca que lhe tiro. Eu dou conta, porque ele anda a mostrá-las aos outros. Olhe que o miúdo ainda não tem 7 anos. Que acha que devo fazer? “ .“Vamos dizer ao menino que não traga mais revistas para a escola e temos de chamar os pais”.
Chama-se o menino; eu, com a revista na mão, começo a dizer : “ Pedro, tu ... “ O miúdo interrompe e, todo contente, diz: “ Você também gosta da revista? A minha pessôra gosta muito. Tira-mas e mete-as na gaveta”. A professora até ia tendo uma síncope.
Eu voltei a falar: “Espera, Pedro. Diz-me só onde é que tu achas estas revistas que trazes para a escola?”
“Estão lá muitas em casa, debaixo da cama do meu pai e da minha mãe” . O Pedro foi para a sala de aula e, ainda nesse dia, eu disse à mãe do Pedrinho , entregando-lhe as revistas : “ Minha senhora, pornografia, tal como os remédios, SEMPRE FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS”.
Júlia Ribeiro
19 Agosto 2011
TORRE DE MONCORVO - A VOLTA (Anos 50)
quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
TORRE DE MONCORVO - PUBLICIDADE (1898/1913)
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TORRE DE MONCORVO: EMIGRAÇÃO - Brasil (1947)
Carina,obrigado.
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BAIXO SABOR - RIBEIRA DA VILARIÇA
EKUI CARDS - Projeto de alfabetização nasce em Alfândega da Fé
Mora em Alfândega da Fé a primeira linha de material
lúdico-didático inclusivo do mundo. Os EKUI Cards permitem a que qualquer
pessoa com ou sem necessidades educativas especiais possa aprender o alfabeto e
têm por isso arrecadado vários prémios no âmbito do empreendedorismo social.
Ver notícia em: http://portocanal.sapo.pt/noticia/110737
Douro Mágico 360º apresenta uma viagem virtual pela região
Já é possível conhecer o Douro e as Aldeias Vinhateiras
através do site Douro Mágico 360º. E ainda tem a possibilidade de fazer o seu
roteiro.
A Douro Generation- Associação de Desenvolvimento, em
parceria com a Associação Aldeias Vinhateias do Douro, lançou recentemente a
Plataforma online Douro Mágico 360, onde os visitantes podem fazer uma viagem
virtual e conhecer restaurantes, hotéis, serviços e produtos da região.
A Plataforma arrancou com 148 entidades, 444 produtos e
serviços, com um levantamento de 100 locais do Douro e 200 fotografias e
vídeos. Marcam presença produtores, empresários do alojamento restauração e
diversão, bem como entidades públicas e do terceiro setor.
Nordeste Transmontano -Efemérides (28/12)
28.12.1395 – Criação de uma feira franca em Torre de Moncorvo. Tinha a duração de 15 dias e começava no dia 1 de Maio.
...há 13 dias que se não vê o sol ... |
28.12.1843 – Francisco António Carneiro de Magalhães e Vasconcelos escreve na revista Lisbonense dizendo que há 13 dias que se não vê o sol e que as geadas e o frio são demasiados, mas a vista é bonita:
– Goza-se agora de uma vista que arrebata, imitando perfeitamente os fios e teias de aranha, festões e flores de finíssimas pérolas ou fiadas de brilhantes.
28.12.1865 – Criação de uma direcção dos Correios de Freixo de Espada à Cinta subordinada a Vila Real.
28.12.1891 – Nota da Caderneta de Lembranças: - ó meio dia, é que acabarão a calçada da praça.
28.12.1895 – Nota da caderneta de Lembranças: - casou a srª D. Maria Candida da Silva vª com o sr. Abílio Pires também vº.
António Júlio Andrade
Reedição de posts desde o início do blogue.
terça-feira, 27 de dezembro de 2016
LIAMBA NA VILARIÇA
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(JOÃO BERNARDO SÁRREA DE BARROS),por António Pimenta de Castro*
Lembrando O SENHOR BARROS Dentista
DEDICATÓRIA
Quero dedicar este meu trabalho, à memória do meu saudoso amigo, João Bernardo Sárrea de Barros, mais conhecido por Sr. Barros dentista. Pelos muitos e memoráveis momentos de convívio, vividos em conjunto, juntamente com o meu querido e saudoso Tio Mário, junto à sua reconfortante lareira, em noites de longa invernia transmontana, em tardes de douta conversação, no seu consultório, quer ainda, em noites encantadas de luar, (como só em Mogadouro existem) perfumadas pelo aroma do meu cachimbo e pela sua agradável presença, sentados no pátio da sua casa, em amena e harmoniosa cavaqueira.
Às suas filhas, Maria da Conceição Barros Afonso e Maria Júlia Guarda Ribeiro,
pelo que me ajudaram na recolha de informação sobre a vida do seu saudoso pai.
À LAIA DE INTRODUÇÃO
DEDICATÓRIA
Quero dedicar este meu trabalho, à memória do meu saudoso amigo, João Bernardo Sárrea de Barros, mais conhecido por Sr. Barros dentista. Pelos muitos e memoráveis momentos de convívio, vividos em conjunto, juntamente com o meu querido e saudoso Tio Mário, junto à sua reconfortante lareira, em noites de longa invernia transmontana, em tardes de douta conversação, no seu consultório, quer ainda, em noites encantadas de luar, (como só em Mogadouro existem) perfumadas pelo aroma do meu cachimbo e pela sua agradável presença, sentados no pátio da sua casa, em amena e harmoniosa cavaqueira.
Moncorvo - Igreja Matriz (Copus Dei)
2012.
VER:
http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2012/01/torre-de-moncorvo-igreja-matriz_19.html
http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2012/02/patrimonio-bispo-de-bragancamiranda.html
http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2010/10/torre-de-moncorvo-igreja-despojos-da.html
http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2010/11/torre-de-moncorvo-igreja-despojos-da.html
http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2012/02/torre-de-moncorvo-o-circulo-das-pombas.html
http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2011/12/moncorvo-igreja-matriz-passagem.html
http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2011/12/igreja-matriz-nichos.html
http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2011/06/torre-de-moncorvo-igreja-matriz-ao-deus.html
http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2011/05/igreja-matriz-agricultura-biologica.html
http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2011/05/torre-de-moncorvo-igreja-matriz.html
http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2011/04/moncorvo-jardim-suspenso-da-igreja.html
segunda-feira, 26 de dezembro de 2016
ESCALHÃO - Museu de Artes e Ofícios
sôbolos rios que vão ,por Pedro Saborino
ao rio Sabor, berço da minha memória
e a Camões, tão perto de nóssôbolos rios que vão
na minha terra, crescem
as penas que em mim nascem
das memórias que ali estão
e por eles permanecem
como o verde curso agreste
levo a mágoa que se tem
por tudo o resto que vem
no tempo que a mim reste
do tempo que a vida tem
entre o meu corpo e os medos
contam-me sonhos do mar
belas coisas de encantar
desvendam-me os seus segredos
que o sonho não vai guardar
dos meus rios desta vida
não me digam donde vão
porque se alonga a partida
sôbolos rios que vão
em todos há despedida
Pedro Saborino
http://headandneckdanieldesousa.blogspot.pt/2011/09/sobolos-rios-que-vao.html
Nota do editor:é com orgulho que divulgamos a obra de Daniel de Sousa.
ESTEVAIS - 2009
Nota: Para abrir a página(ampliar as fotos), clique no lado direito do
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Rio Sabor- Lá para os lados da Portela
Moncorvo, Zona Quente na Terra Fria (1974)
CINCO ADOLESCENTES FALAM DA VILA
São quatrocentos estudantes na Escola
Secundária, mais de trezentos no ciclo preparatório. A vila parece não ter
ainda pesado bem o que isto significa.
A vila, como ficou escrito na abertura
desta série de reportagem, tem cerca de 2400 habitantes, ou tinha-os em 1970 e
hoje contaria mais uma ou duas centenas (por influência da escolarização).
Sentirá ela a vaga de fundo juvenil? E esta, o que pensa do «sítio» onde está
nitidamente de passagem? Cinco adolescentes aceitaram o convite da «República»
para uma conversa em redondo: o texto é, pois, deles e de mais ninguém.
ESCOLA INDUSTRIAL - ÁLBUM DE MEMÓRIAS
sábado, 24 de dezembro de 2016
O Douro (O)culto. Alexandre Parafita
Arquivo do blog. Estevais 2013. |
Celebrou-se por estes dias, na justa medida da dignidade do
evento, os 15 anos da classificação pela UNESCO do Alto Douro Vinhateiro como
Património Mundial. Como é próprio das celebrações, foi uma oportunidade para
refletir sobre os desafios que o selo de Património Mundial impôs no Douro e
sobre novas dinâmicas que assegurem um crescimento sustentado salvaguardando a
autenticidade do território. Uma oportunidade também para louvar o trabalho
ciclópico de um povo que, ao longo de séculos, conseguiu moldar a própria
natureza, dotando-a de uma beleza singular enquanto paisagem "evolutiva
viva".
Vencida esta batalha, que colocou o Douro nas rotas
mundiais, atraindo riqueza, expansão vinícola e turismo (200 mil visitantes
anualmente sobem e descem o rio), há "outro" Douro que continua de
fora. Na mesma medida em que uma paisagem "evolutiva viva" cresce, um
Douro cultural de gente, de memória, definha. Entidades e organismos que vemos
trombetear nas celebrações, alguns com responsabilidades na área da cultura,
ignoram que o Alto Douro Vinhateiro não é apenas um espaço físico. É também um
espaço semiotizado com a memória coletiva como suporte; um espaço de Património
Imaterial que provém das raízes do povo e que está ameaçado de extinção nos 13
concelhos que compõem o território. Todo ele é caracterizado por um universo
mítico-lendário associado às singularidades assombrosas da paisagem, mas também
aos lugares de memória como são os vestígios de povos antigos, com os seus
labores, os seus cultos pagãos, a sua religiosidade cristã (lagares cavados em
rochas, gravuras rupestres, megálitos, grutas, castros, torres, capelas...), um
universo de que a toponímia rural e os testemunhos da população idosa são,
muitas vezes, a única fonte de informação disponível.
Este espólio faz parte de uma cultura imaterial, intangível,
encerrada em arcas de memória frágeis. Os narradores da memória, "tesouros
vivos" deste património, cuja proteção a UNESCO reclama dos estados, estão
absolutamente desprotegidos no Douro Património Mundial. O abandono das aldeias
e a retirada dos idosos para lares de terceira idade, sem, no mínimo, se
acautelar um plano de salvaguarda dos seus testemunhos, através de um
inventário sistematizado de Património Imaterial, é o maior flagelo
civilizacional do nosso tempo. Hoje trombeteia-se a paisagem "evolutiva
viva" para amanhã se prantear a paisagem "evolutiva morta".
Fonte: http://www.jn.pt/opiniao/convidados/interior/o-douro-oculto-5569815.html
sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
Centro de Alto Rendimento de Remo do Pocinho
2014 |
Na década de oitenta, a construção da barragem do Pocinho,
no curso do Rio Douro, criou um dos melhores planos de água do mundo para
treino de remo. Esta afirmação é comprovada pela elevada procura daquele espaço
por parte de atletas nacionais e internacionais de nível olímpico nos últimos
anos. O complemento directo é o novo Centro de Alto Rendimento de Remo do
Pocinho, uma linha branca que atravessa a paisagem Património da Humanidade. O
espaço poderá albergar até 180 atletas em instalações de topo para a prática de
remo. "Esta é também uma obra de relevo pelas suas preocupações de
integração da acessibilidade e mobilidade para todos, bem como da
sustentabilidade", marcas dos seus autores, a mpt – mobilidade e
planeamento do território (com projecto de arquitectura de Álvaro Andrade e
coordenação de Paula Teles).
Abra o link e veja as 27 fotos:http://p3.publico.pt/cultura/arquitectura/10463/pocinho-arquitectura-e-remo-de-alto-rendimento
Agradecimento a Conceição Silva
MOGADOURO -Vende-se em perfeito estado de degradação.
RIO SABOR - Lá para os lados de Silhades
QUANDO À PORTA SE ASSOMA UM TEMPO DE ABANDONO,AMADEU FERREIRA (Texto)LUÍS BORGES (Fotografia)
[Aldeia da Serra do Barroso. Boticas. 2013] |
correio interromper o seu labor de mumificar o olhar da aldeia em abandono; não está o
cajado com saber para prosseguir novos caminhos; falta descobrir a que mundos ainda
se prende a argola ou os dedos gostariam de se agarrar e saber em que tempos lançaram
raízes as histórias que se alongam pelos fios da ainda virgem barba e que tantas vezes
nos portais se fizeram folhetim: falhos de esperança, porque só confiantes no bolso
cheio, do avental, tornam impossível os olhos encontrar respostas para um olhar novo,
mantendo vivo o grito de uma pergunta sem tempo, a pedir resposta: que milagre
permitiu chegar até aqui?
,AMADEU FERREIRA (Texto)LUÍS BORGES (Fotografia)
https://www.facebook.com/pages/Lu%C3%ADs-Borges-e-Amadeu-Ferreira/246368075500628?ref=ts&fref=ts
quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
quarta-feira, 21 de dezembro de 2016
Santo André, Valverde, Mogadouro - Aldeia abandonada
Ara Votiva a Tutela Cilhades Felgar Torre de Moncorvo
Lugar da margem direita do rio Sabor, freguesia de Felgar,
concelho de Torre de Moncorvo, distrito de Bragança.
2
Agradecemos à EDP e ao ACE Baixo Sabor a necessária
autorização para a publicação do presente texto. Agradece-se igualmente a José
d’Encarnação,Guilherme Cardoso, Armando Coelho, Armando Redentor, André Tereso
e Isabel Lopes (arqueóloga no Município de Carrazeda de Ansiães) o apoio
prestado neste estudo.A intervenção arqueológica, promovida pela EDP (dono de
obra), foi desenvolvida pelo ACE Baixo Sabor (consórcio construtor, formado
pelas empresas Oderbrecht/Bento Pedroso Construções, S.A. e Lena Construções) e
executada pela empresa Arqueoliber Lda. Integra-se, pois, no Estudo
Etno-arqueológico de Cilhades, conjunto de medidas de minimização do Aproveitamento
Hidro-eléctrico do Baixo Sabor.
3
Segundo Jorge Pinho, que dirigiu, à data, os trabalhos
arqueológicos no Laranjal, a peça foi encontrada na EU [161]: Sedimento
arenoso, castanho, solto.Apresentava na sua constituição muitas pedras de xisto
de pequena, média e grande dimensão, algumas pedras de granito de tamanho
pequeno e médio.Foram recolhidos alguns elementos arquitectónicos (ara votiva,
coluna e silhar), muita cerâmica comum e de construção.
TEXTO COMPLETO EM PDF: https://www.academia.edu/1776230/Ara_Votiva_a_Tutela_Cilhades_Felgar_Torre_de_Moncorvo_
Núcleo Museológico da Fotografia do Douro Superior
Quase um mês de mudança de rumo nos registos e inventário do
espólio do Núcleo Museológico. O cinema…E quem não gosta de cinema?
Das cinco máquinas de projeção em arquivo, três estão um
brinco. Em destaque a que me ofereceu o grande pedagogo Fernando Martins Lobo.
Antes da partida, escreve-me uma carta onde refere “ Candeia que vai à frente
alumia duas vezes”.
Mas vamos ao fundamental. Em Moncorvo temos a grandeza de
termos tido grandes companheiros do tempo e das suas manifestações. Destes, há
a destacar o Dr. Horácio Brilhante Simões. Foi ele que mais filmou em Torre de
Moncorvo, nomeadamente a partir de 1945. As suas aventuras, no registo de
imagens em movimento, justificam uma outra leitura da sua passagem por terras
deste Douro Superior.
O sortudo fui eu em ter recebido todos os seus filmes, estes quase
todos no formato 9,5mm. Alguns ricos de informação para o concelho e outros de
caráter profissional. Assim, o inventário é o seguinte:
1 filme no formato 9,5mm, com familiares; 1 filme no formato 9,5mm, “Vinda de N.
Sr.ª. de Fátima a Moncorvo, no dia 2 de Julho de 1953”, 1 filme no formato
9,5mm, “ Ferrominas”, com data provável de 1951; 1 filme musical no formato
8mm; 1 filme no formato 9,5mm “ Incubação artificial”; 1 filme no formato
9,5mm, “ Fábrica de leite”; 1 filme no formato 9,5mm, “ Ovelhas”; 1 filme no formato 9,5 mm, “Náufragos ”; 1 filme no formato 9,5mm, datado de 1935; 1
filme no formato 9,5mm “ Paris”; 1 filme
no formato 9,5mm, “ Fátima, cardeal Cerejeira”; 1 filme no formato 9,5mm, “
Procissão Mártir S. Sebastião”; 1 filme no formato 9,5mm, “ Páscoa, 1946,
vinda do Sr. Governador Civil a Moncorvo”; 1 filme no formato 9,5mm “
Fernando Joaquim Carlos Simões” e ainda dois filmes no formato de 16mm, por
identificar. Do Estúdio Peixe, há a destacar 1 filme no formato S-8 de 1969 com
“ Vistas de Moncorvo, Passeio ao Minho no Verão de 69; Noite de Natal no Porto em
1969 e Vistas do rio Douro 1970”. Do pedagogo Fernando Martins Lobo 3 filmes
S-8, com registos de atividades em contexto de sala de aula na Escola Primária.
De coleção particular, 8 filmes no formato S-8, “ Apolo 8 Moonorbit; Amica on the Mooner; La
bande sauvage; Charlot Garcon de teatre 1 e 2; Patrouille de Nuit; Laurel e
Hardy; Zorro sauve la mine”.
Um fascínio. Sei quem vai ficar extremamente comovido. E ele
é…Leonel Brito. Todos adivinharam.
Arnaldo Silva
Rio Sabor - A velha ponte da Portela
Imagem cedida por José Rodrigues |
"portela", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/DLPO/portela [consultado em 28-01-2014].
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